Palavras e condecorações leva-as o vento!
Por Mariana Silva.
Por Mariana Silva, Deputada na Assembleia da República (Os Verdes) Por estes dias houve duas coisas que prenderam a nossa atenção. Andamos há dias a pensar em que é que elas se ligam, tendo a certeza que anda tudo ligado.
A CDU questionou o executivo camarário sobre a encosta da Penha e o constante avanço das construções, algumas delas com consequências ao nível da paisagem e da limitação do encanto da encosta quando contemplada da cidade.
Uma certeza temos. Não é possível construir mais, não é possível que se permita que se suba na quota da encosta e que se continue a perpetuar uma prática da responsabilidade do PS, mas que já vinha do tempo em que havia outros protagonistas, que fizeram estas escolhas para a encosta da Penha há muitos anos.
Já em 2009, um geógrafo da Universidade do Minho – parceiro inegável da Câmara de Guimarães – terá manifestado o interesse em estudar a “favela dos ricos”, que começava a desenhar-se na encosta da Penha, que demonstraria todos os problemas que advém desta opção. Problemas no investimento público para que este espaço tivesse acesso à água canalizada, à energia, aos esgotos, sem esquecer a exposição aos problemas ambientais.
Como nunca é tarde, o executivo camarário anuncia, 11 anos depois, em 2020, que agora é que vai encarar uma das principais consequências dessa construção desregulada, a grande impermeabilização de solos na encosta da Penha que origina maior caudal de água pluvial, provocando inundações a jusante.
E admite que esta obra é tão importante que deverá ser executada ainda este ano. Palavras, porque como não há bela sem senão, o senhor presidente Domingos de Bragança, apesar de falar dos graves problemas na encosta, continua a admitir novas construções, não apenas as que já estão licenciadas e, por isso, com direitos adquiridos, mas também novas obras que apesar de se estar a chegar ao limite podem ainda ser possíveis.
Por outro lado, quero falar-vos do 24 de junho, o Dia Um de Portugal e feriado municipal de Guimarães, que terá celebrações mais tímidas. Este ano o município vai homenagear os que estiveram e continuam a estar na linha da frente no combate à Covid-19. Irão ser atribuídas medalhas honoríficas de mérito humanitário aos profissionais de saúde, profissionais dos serviços essenciais e ainda ao voluntariado reconhecendo o incalculável contributo no combate à pandemia.
Estamos de acordo e, uma vez mais aproveitamos para agradecer a todos os que nunca pararam para que nada faltasse à maior parte da população e para que o SNS conseguisse dar resposta a todos os que dele precisaram.
Mas nunca é demais sublinhar que mais do que medalhas, o que é indispensável é que o país tenha profissionais motivados e comprometidos nas funções do Estado. E para isso, o Estado tem o dever de se comprometer, da mesma forma, respondendo e assegurando a estes profissionais os princípios de igualdade e proteção no seu exercício profissional, com o acesso aos direitos e a salários dignos.
O que é preciso é valorizar as suas profissões e as suas carreiras, e essa é uma responsabilidade do poder central, exatamente como a Câmara Municipal tem a obrigação de valorizar os trabalhadores da recolha de resíduos sólidos, das águas, dos que garantiram o atendimento ao público, de todos os que garantiram aos munícipes a garantia das condições de vida.
Isto anda mesmo tudo ligado.
PUBLICIDADE
Partilhar
PUBLICIDADE
JORNAL
MAIS EM GUIMARÃES
Dezembro 3, 2024
Neste natal conduza um modelo líder no concessionário BYD M & Costas em Creixomil - Guimarães.
Dezembro 3, 2024
A Escola de Dança Flávia Portes sagrou-se campeã mundial no All Dance World 2024, uma das mais importantes competições de dança do mundo.
Dezembro 3, 2024
Todos os deputados do PS na Assembleia da República serão subscritores de um voto de congratulação à cidade de Guimarães pela conquista do título de Capital Verde Europeia 2026, informação avançada pelo deputado vimaranense Ricardo Costa.