Para onde caminhamos?

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesNão me é fácil escrever sobre justiça ou sentido de justiça num espaço tão curto como este.

No entanto, vale a pena o esforço, baseando-me sobretudo nos dias que vivemos e em alguns episódios de justiça e injustiça a que assistimos, e na sua relação, por vezes angustiada, com os conceitos morais e éticos que possuímos. É um assunto que está na ordem do dia, sobretudo quando, há poucos dias, ficamos com a noção mais clara de que, por exemplo, “rendimentos ilícitos” açambarcados não têm, aparentemente, de ser sujeitos ao pagamento de impostos. Estamos a construir uma sociedade estranha, esta, que parece até considerar aceitável o enriquecimento ilícito.

Num período em que muitos portugueses vivem dias difíceis e outros imaginam maiores esforços para que nos seja possível assegurarmos um “Estado Social”, e protegermos os mais desfavorecidos, este é mais um sinal em sentido claramente oposto ao que poderíamos desejar.

Infelizmente, estes casos, de enriquecimento ilícito ou hipotética corrupção, têm proliferado como cogumelos no nosso país. Se, por um lado, são de difícil prova, por outro, na linha da ética e da moral da sociedade que queremos, devemos também exigir que não passem impunes. Não queiramos uma sociedade com um sentido ético e moral reprováveis. Precisamos levantar-nos das cadeiras e manifestar-nos, e exigir mudanças nas regras do jogo e nos comportamentos. Isto não pode ser uma selva, em que alguns, poucos, levam a carne e deixam os ossos para os restantes.

Por favor, não aplaudamos mais o chico esperto! Já chega de nos banharmos ao sol ou de nos colocarmos em frente ao televisor, entretidos com os golos do nosso clube, enquanto a nossa sociedade se deteriora a um ritmo impressionante.

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