Segundo os jovens sociais democratas, em nota enviada às redações, “com taxas e impostos altos é difícil ser atrativo para os jovens que estão agora a tentar ter a sua independência. Esta forma de asfixiar os vimaransenens obrigando-os a pagar taxas e taxinhas sobre tudo leva a que estes procurem noutros concelhos um aconchego para poderem viver a sua independência e constituir as suas famílias”.

A JSD espera que, perante este novo outdoor, “as perguntas que os vimaranenses vão fazer sejam: Porque é que este executivo cobra a taxa mais alta dos municípios à nossa volta? Será que podem baixar?”

E a JSD Guimarães diz que sim, que podem. E acrescenta que este executivo “só não o faz porque não quer e assim continua a asfixiar os vimaranenses. Era expectável que o Município promovesse um alívio fiscal às famílias, trabalhadores e empresas. Mas não é isso que acontece”.

No outdoor colocado numa das principais artérias da cidade, quanto à retenção da taxa de IRS, o município de Guimarães surge no topo da lista, juntamente com a Póvoa de Lanhoso, com a aplicação de uma taxa de 5%, Santo Tirso surge a seguir com 4,75%, Felgueiras com 4,67% e V.N. Famalicão com a taxa de 4,50%. Na lista, que inclui os concelhos que circundam Guimarães, surge também Vizela, com uma taxa de 3,50% e os concelhos de Fafe e Braga, que aplicam 3,00%.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Os jovens acusam o Partido Socialista de ao longo dos últimos anos ter definido uma estratégia de não querer saber do desenvolvimento económico do concelho: “Aquilo que era a ameaça da deslocalização de atividades económicas de valor acrescentado passou a ser uma realidade, a qual se reflete também na sistemática redução da população”, acrescentam.

Entre 2011 e 2021, pode também ler-se, “Guimarães perdeu cerca de 20% da população jovem, ou seja, quer dizer que 1 em cada 5 jovens prefere outro município para viver. Esta é a realidade atual do nosso concelho, falta de competitividade e desinteresse pela atração de mais jovens por forma a dar a volta ao que aconteceu nos últimos 10 anos”.

A receita para contornar esta situação, e Guimarães “voltar a ser uma das cidades mais jovens do país como já aconteceu no passado” é, para a JSD, um “desenvolvimento económico forte, atração de investimento e de empresas com alto valor acrescentado”.

A JSD Guimarães espera um alívio fiscal aos vimaranenses para que estes “não deixem a sua cidade e possam respirar livres de taxas e taxinhas. Mas não só, também exigimos um concelho mais competitivo, o que não acontece se for aquele que cobra taxas e impostos mais altos que todos os outros”, termina a nota da juventude laranja.

Os outdoors que a juventude partidária tem colocado neste local têm gerado alguma polémica. Primeiro, com a colocação da imagem de António Magalhães, ex-presidente da câmara municipal, citando-o numa entrevista ao Jornal O Conquistador, em que dizia que ““Guimarães não tem acompanhado o crescimento de Famalicão, Braga e Barcelos”, e depois com a imagem de Domingos Bragança, acusando-o de ser responsável pela perda de população, falta de investimento, preço da habitação e decadência cultural no concelho.