PASSAGEM DA DEPRESSÃO “ELSA” CAUSA ESTRAGOS EM GUIMARÃES

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou para vermelho o aviso relativo ao distrito de Braga

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Comunicado do Serviço Municipal da Proteção Civil registou, até às 19h00 desta quinta-feira, 150 ocorrências. Por volta das 21h30 a Proteção Civil anunciou que a barragem do Ermal, em Vieira do Minho, atingiu a sua capacidade e terá que ser aberta.

Mau tempo obriga à retirada da iluminação na Alameda S. Dâmaso © Mais Guimarães

Estradas cortadas, quedas de dezenas de árvores e estruturas, danos materiais, falhas de electricidade e 10 desalojados. Até ao fim de tarde desta quinta-feira era este o rasto deixado pela depressão “Elsa” no concelho. O IPMA colocou sob aviso vermelho de chuva “forte e persistente” os distritos do Porto, Braga, Aveiro, Vila Real e Viana do Castelo, e logo pela manhã havia notícia de dezenas de ocorrências em Guimarães.

Os Bombeiros Voluntários de Guimarães registaram dezenas de quedas de árvores e quedas de estruturas em praticamente todas as freguesias do concelho.

O Serviço Municipal da Proteção Civil de Guimarães registou até às 19h00 desta quinta-feira, dia 19 de dezembro, um total de 150 ocorrências no concelho, com repostas efetuadas por diversas entidades, entre as quais Bombeiros Voluntários de Guimarães, Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas, Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e vários serviços do Município de Guimarães.

Com muitos meios operacionais nas ruas, os Bombeiros alertam para o facto de ainda existirem ocorrências pendentes. Para resolver algumas destas ocorrências é necessária articulação entre entidades como a Polícia de Segurança Pública (PSP), EDP – a empresa emitiu,no início da noite desta quinta-feira, um comunicado em que inclui Guimarães nos munícipios mais afetados -, e a Protecção Civil

Tendo sempre presente que se tratam dados provisórios, o Serviço Municipal de Proteção Civil descrimina as ocorrências da seguinte forma: 92 quedas de árvores, 3 derrocadas, 19 quedas de estruturas, 18 abate de árvores e 18 inundações.

Um comunicado, emitido pela Câmara Muncicipal de Guimarães (CMG) às 18h30 dá conta do “corte de trânsito momentâneo na Rua da Ramada, Rua Vila Flor, Rua Vila Verde, Rua da Caldeiroa e Rua das Eiras, na sequência da intensa precipitação que ocorreu nas últimas horas desta quinta-feira, 19 de dezembro.” A CMG disponibiliza também os seguintes contactos para corresponder às solicitações dos Munícipes: 253 421 212 ou smpc@cm-guimaraes.pt.

Às 17:35 há notícia da existência de, pelo menos, três vias fechadas – a Nacional em direção a Felgueiras (devido a derrocada); a via que liga São Torcato a Guimarães (o rio Selho extravasou a margem); e a ponte de Barco.
É provável, no entanto, que outras estejam severamente condicionadas.

Por volta das 21h30 a Proteção Civil anunciou que a barragem do Ermal, em Vieira do Minho, atingiu a sua capacidade e terá que ser aberta. O nível dos rios pode vir a aumentar nas próximas horas.

Logo pela manhã os estragos provocados pela “Elsa” eram visíveis. No centro de Guimarães, destaque para o facto da Alameda de S. Dâmaso estar fechada ao trânsito e da necessidade de retirar as iluminações natalícias daquela área.

Passagem da tempestade "Elsa" provoca estragos em Guimarães. Alameda de S. Dâmaso está fechada ainda fechada ao trânsito para remoção das iluminações que ficaram danificadas durante a noite.

Posted by Mais Guimarães on Thursday, 19 December 2019

10 desalojados em Ponte

Contactados ao início da tarde, os Bombeiros Voluntrários das Taipas registavam 21 ocorrências. As quedas de árvores representam uma grande fatia, mas a ocorrência mais grave teve lugar em Ponte, com as rajadas de vento a destruírem o telhado de uma habitação. Foram mobilizados cinco veículos, auxiliados pelos serviços de Protecção Civil.

Alguns telhados não resistiram ao temporal © DR

Contactado pelo Mais Guimarães ao final da tarde, o presidente da Junta de Freguesia de Ponte, Sérgio Castro Rocha, afirma nunca “ter visto nada igual” nos seis anos que leva como autarca da freguesia. Apesar de “ter efetuado as diligências atempadamente”, para minimizar os possíveis estragos causados pela depressão, o também presidente da Vitrus, diz que “o telemóvel não para de tocar”. “Já estive em mais de 30 locais”, sublinha.

O autarca confirma que a passagem da “Elsa” desalojou 10 pessoas. Uma família composta por quatro elementos foi temporariamente realojada numa unidade hoteleira local; quanto à outra família, composta por seis elementos, os pais passarão a noite em casa e os filhos vão dormir na casa de familiares.

Dezenas de árvores derrubadas nas Taipas

Na freguesia vizinha de Caldelas a situação é idêntica. Não há notícia de desalojados, mas a tempestade provocou danos por toda a freguesia. Quem se colocar no Alameda Rosas Guimarães e mirar a via que desce até ao parque verá uma avenida muito despida (ver foto abaixo).

A meio da manhã, a Junta de Freguesia fez saber que os serviços da EDP estavam a proceder à reparação da linha de Ponte/Caldas das Taipas “com o objetivo de repor o abastecimento da eletricidade que foi interrompido em algumas zonas da Vila das Taipas”. Para além da remoção das árvores que caíram e que interromperam a circulação rodoviária, os serviços do Município procederam, ainda, ao abate de árvores que se encontravam em situação de risco para pessoas e bens.

À noite a zona das Termas, na Rua Dr. Alfredo Fernandes  há notícia de uma inundação. Os Bombeiros das Taipas deslocaram-se ao local.

Algumas fotos dos estragos causados até ao momento:

Estragos na Nossa Senhora da Conceição © DR
Queda de posto de eletricidade em Vermil © DR
No estádio do Clube Desportivo de Ponte © Grupo Desportivo de Ponte
Urgezes: Poste de eletricidade caiu. EDP já foi alertada © DR
Muitas árvores não resistiram à intempérie nas Taipas. Por questões de segurança, outras foram derrubadas © Mais Guimarães
As bacias de retenção estão perto do limite © DR
Era este o cenário na Rua da Ramada © DR
Derrocada em Airão São João © DR

Vila Natal das Taipas cancelada

A chuva prevista para o próximo fim-de-semana leva ao cancelamento de todas as atividades exteriores previstas para a iniciativa Caldas das Taipas Vila Natal, informou a organização. “

“A Comissão de Festas, Junta de Freguesia de Caldelas – Caldas das Taipas e parceiros envolvidos na iniciativa tomaram a decisão de cancelar a programação e o mercado de natal, dadas as previsões para o próximo fim-de-semana continuarem com chuva, impossibilitando a realização das iniciativas ao ar livre”, lê-se no comunicado

Para o Presidente da Comissão de Festas Dar Vida à Vila, David Silva, “é uma decisão difícil de tomar”. “É ainda uma decisão a pensar nos mais pequenos pois “a Vila Natal foi desenhada a pensar nas crianças e neste momento, face às previsões do próximo fim-de-semana, não estão todas as condições reunidas para a sua participação”, lamenta

Mantêm-se os espectáculos em recinto fechado, agendados para o próximo fim-de-semana.

Alerta vermelho a partir das 12h00

É provável que a situação meteorológica adversa se mantenha até à madrugada de sexta-feira , disse Pedro Nunes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no ponto de situação feito às 21h00.

Já era sabido antes do raiar do dia desta quinta-feira, mas o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou para vermelho o aviso relativo ao distrito de Braga. O aviso está também em vigor nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viana do Castelo. No caso do distrito de Braga, o aviso vigora entras as 12h00 e as 21h00. Segundo o IPMA, prevê-se chuva “forte e persistente, podendo ser acompanhado de trovoada”.

No aviso relativo ao vento, O IPMA alerta para a possibilidade de poderem ser registadas rajadas de vento entre os 100 e os 130 quilómetros por hora.

A Protecção Civil emitiu, na última quarta-feira, um comunicado intitulado “Aviso à População: Precipitação forte e persistente, vento forte e agitação marítima”, onde recomenda, entre outras medidas, “adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a formação de lençóis de água nas vias; “ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas” devido à possibilidade de queda de ramos e árvores; e “garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas”.

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