PAULA RAMOS NOGUEIRA

Paula Ramos Nogueira Gestora de Projeto

Paula Ramos Nogueira

Nome completo
Paula Ramos Nogueira

Nascimento
07 de abril de 1968, Fafe

Profissão
Gestora de ProjetoÉ filha de um encontro entre uma mulher da cidade e um homem do campo. A família dos avós maternos veio do Porto para Guimarães. O avô era eletrotécnico e o trabalho trouxe-o para a cidade berço, a avó veio atrás. Fixaram-se, e a mãe acabou por nascer em Guimarães. Os avós paternos eram gente diferente, ainda muito ligados ao campo, lavradores. Como era típico das famílias da região, a avó, além de ajudar o avô nos campos, era tecedeira. Paula afirma, com algum orgulho na voz, que a avó conseguiu sempre impor um sistema de trabalho, único no tempo, em que ela trabalhava nas instalações da fábrica, mas por conta própria.

Terá sido esse engenho da avó que o pai de Paula herdou e que o levou a dar o salto da lavoura para o comércio e mais tarde a sair do comércio a tempo de evitar ser engolido pelas mudanças do mercado.

Paula estudou até ao final do ensino secundário, sempre em Fafe, apesar de manter uma forte ligação a Guimarães, com idas e vindas constantes, por ter aqui a família materna. Durante os seus anos de escola viveu sempre num conflito entre a paixão pelas ciências e o gosto pela escrita. “Imaginava-me bióloga marinha ou qualquer outra coisa ligada à biologia,” confessa.
Mas aquele era o tempo das rádios piratas, uma paixão que a arrebatou e que fez com que os estudos ficassem em suspenso. Provavelmente, não imaginava, quando entrou na Rádio Montelongo, que aquilo era o princípio de uma carreira. Mas foi! Seguiu-se a Rádio Fundação, o tempo que Paula classifica como os melhores anos da sua vida. “Ganhava bem e fazia aquilo que gostava, não podia ser melhor,” recorda.

Fala do jornalismo como uma oportunidade para estar permanentemente a aprender. Percebe-se que gosta de saber sempre mais, mas também que tem muito talento para ensinar. Enquanto nos conduz pela exposição Indústria Têxtil de Guimarães: do sistema antigo ao advento das máquinas,” – um projeto que nasceu da sua investigação de doutoramento e que está em exibição, até 31 de dezembro, no Arquivo Municipal – vai-nos arrebatando para o tema.

Antes de chegar ao doutoramento em História da Ciência e Divulgação da Ciência, a menina que gostava de ciências, mas que também queria escrever, ainda passou pela imprensa escrita, no Jornal de Notícias e no Diário de Notícias. A sede de saber acabou por levá-la de volta à escola. Em 2003, casada e já com um menino e uma menina, ingressou no curso de Ciências da Comunicação, na Universidade do Minho. A filha tem agora 23 anos, o filho 20 e o curso está terminado. Depois disso já fez um mestrado,também na área da comunicação.

Acabou por encontrar a ligação entre a paixão pela escrita e o interesse pela ciência

O jornalismo ficou para trás, desde que começou a fazer comunicação estratégica, primeiro para a Capital Europeia da Cultura depois colaborando com a candidatura de Guimarães a Capital Europeia do Desporto. A relação com a universidade, a partir do momento que voltou aos bancos da escola, nunca mais terminou. Deu aulas de comunicação estratégica aos cursos de Comunicação, Sociologia das Organizações e Geografia, na Universidade do Minho. Apesar de ainda ter frequentado um programa de doutoramento na UM, reconhece que encontrou aquilo que procurava, há muito tempo, no programa doutoral que agora está a frequentar.

Divulgar ciência, está feita a ligação que procurava entre a paixão pela escrita e o interesse pelas ciências, no programa doutoral que agora está a chegar à sua fase decisiva. Os dias que correm, para Paula, são um esforço enorme, entre o trabalho, a família, as atividades paralelas, como a exposição e a tese de doutoramento que está a escrever.

Por: Rui Dias

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