Pedro Bastos, artista plástico e realizador, expõe em realidade aumentada no mural da Zegnea

Para visualizar o trabalho de Teresa Rego no outdoor da Zegnea, o visitante só tem de descarregar a aplicação gratuita “ArtiVive”, apontar o seu telemóvel para o outdoor e deixar-se entrar no maravilhoso mundo da sua criatividade.

Zegnea barra

Pedro Bastos é o artista convidado do Grupo Zegnea para o mês de outubro. A sua intervenção pode ser vista em realidade aumentada no outdoor interativo que o grupo vimaranense dispõe no centro de Guimarães, mais concretamente ao cimo da avenida D. João IV.

© José Caldeira

Pedro Bastos apresenta um vídeo-poema, uma obra próxima da linguagem cinematográfica, de vídeo experimental com cerca de três minutos em que é muito abordada a “Questão da Casa”, que é algo muito presente nos trabalhos que o realizador vimaranense tem realizado.

Nesta intervenção, conta ao Mais Guimarães, querer “promover a reflexão sobre o que é que ela representa e como ela se tem transformado”. As casas, que, para Pedro Bastos “deixaram de ser só um lar para passarem a ser um artigo de luxo. E é esse o mote, o centro da atenção, no que me centrei para questionar”.

Para além desta exposição em realidade aumentada no mural do Grupo Zegnea, o artista plástico e realizador diz estar a trabalhar, nesta altura, “em várias frentes”, a escrever um argumento e a filmar para o “A menos de 50km de casa”, um projeto que, numa primeira fase, foi uma vídeo instalação de um “percurso deambulatório por toda a região do Vale do Ave, sem narrativa, mas criando uma espécie de mosaico do que seria a paisagem deste território, e de algumas características dele”, e que agora vai passar para uma coisa “mais ficcional, com uma narrativa linear”, também neste território, com pessoas do Vale do Ave, não atores, com as quais vai “procurar alternativas para outras histórias”.

© Grupo Zegnea

Para visualizar o trabalho de Teresa Rego no outdoor da Zegnea, o visitante só tem de descarregar a aplicação gratuita “ArtiVive”, apontar o seu telemóvel para o outdoor e deixar-se entrar no maravilhoso mundo da sua criatividade.

Depois da apresentação do Grupo Zegnea, grupo responsável pelo projeto, no mural, os vimaranenses puderam já apreciar alguns trabalhos de José Caldeira (Fotógrafo), Rafael Oliveira (Artista Plástico), Teresa Rego (Ilustradora), João da Fonseca (Designer de Comunicação), Soraia Oliveira (Artista Plástica), e Filipe Fontes (Arquiteto e Escritor). Em outubro temos Pedro Bastos (Realizador e Artista Plástico), e ainda haverá tempo para apreciar trabalhos de Rui Passos (Escritor), e Tiago Lemos (Músico e Artista Plástico).

SOBRE O AUTOR

Pedro Bastos nasceu em 1980 em Guimarães. É artista plástico e realizador. O seu primeiro filme experimental, “Ao Lobo Da Madragoa”, é dedicado ao poeta satírico do século XVIII António Lobo de Carvalho e teve estreia no Internacional Film Festival of Rotterdam 2013. Em 2015 foi selecionado como artista plástico para participar na JCE – Jeune Création Européenne, Biennale D’Art Contemporain 2015/17.

Trabalha ainda como argumentista, tendo escrito entre outros filmes, “Carosello” de Jorge Quintela, (Grande Prêmio “Cidade de Vila do Conde”, Curtas Festival Internacional de Cinema 2013); é co-argumentista da curta-metragem “Fuligem” de David Doutel & Vasco Sá (Grande Prêmio Cinanima – Festival Internacional de Animação de Espinho, Portugal 2014) e da longa-metragem “Ornamento & Crime” de Rodrigo Areias (Menção Honrosa no Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2015).

Em 2016, lançou o “Cabeça de Asno”, e entre 2016 e 2019, desenvolveu o “Ambulatório”, um vídeo-livro, que representa uma ligação entre as obras “Só”, de António Nobre, e “Eu” de Augusto dos Anjos, escritor brasileiro que viveu na mesma época que o conhecido escritor português.

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