O concerto integrou o programa do Ano de Portugal da Casa da Música, no ano em que se celebram os 50 anos da Revolução de Abril de 1974, mas também os 500 anos do nascimento de Camões e o centenário de Joly Braga Santos. “Uma temporada guiada pela música e pelos músicos portugueses, sejam eles compositores, solistas ou maestros, ou mesmo pelas obras de quem se inspirou em Portugal. Este é o mote para 2024 na Casa da Música”, pode ler-se no site da sala portuense.

Dos cinco concertos para piano de Sergei Prokofiev, que a Casa da Música vai apresentar, coube a Pedro Emanuel Pereira, vencedor do Concurso Internacional Santa Cecília, abrir o ciclo e subir ao palco da Sala Suggia para interpretar o Quinto Concerto com a Orquestra Sinfónica da Casa da Música. Raúl da Costa apresentará o Concerto n.º 1, Artur Pizarro o n.º 2, Rafael Kyrychenko o Concerto n.º 3 e João Xavier o n.º 4.

O programa incluiu também uma “grande celebração da música portuguesa e dos seus intérpretes”. O maestro titular da Orquestra Sinfónica assinalou o centenário do nascimento de Joly Braga Santos. Apresentou “Paraísos Artificiais”, a obra-prima que introduziu o Modernismo em Portugal e deu o reconhecimento internacional a Luís de Freitas Branco, e recordou ainda o compositor Franz Schreker, que abandonou a Alemanha em 1931 para escapar ao antissemitismo nazi. Veio para o nosso país e por cá ficou até 1933, no Estoril, onde escreveu a abertura para uma grande ópera, Memnon.

Na plateia, entre os convidados, destaque para a presença de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República.