O Centro Cultural Vila Flor vai comemorar o seu 18.º aniversário, entre 15 e 23 de setembro, com um programa composto por várias artes, convidando a dança, a música e o teatro para uma festa que terá uma entrada geral de 18 euros.

A 15 de setembro, Jonas&Lander, a dupla de coreógrafos portugueses detentora de uma forte assinatura de autor, de contornos singulares, sobe a palco às 21h30. Depois de já terem brindado o público vimaranense com a apresentação de vários dos seus trabalhos, juntam-se à celebração do 18.º aniversário do CCVF com “Cascas d’OvO” (2013), a sua primeira cocriação, uma peça que nasceu da necessidade de explorar uma comunicação telepática, sobre-humana, enquanto expoente máximo da conexão relacional de um casal.

Gabriel Prokofiev foi convidado a dirigir um concerto em colaboração com a Orquestra de Guimarães, no dia 16, às 21h30. A partir do seu repertório, onde cruza o domínio da linguagem clássica com eletrónica, turntablism e outras estéticas, Gabriel Prokofiev vem a Guimarães desafiar as convenções e demonstrar como as suas obras são um território híbrido e fascinante, na exploração das várias possibilidades que a arte permite. Na celebração dos seus 18 anos de existência, o CCVF recebe a Orquestra de Guimarães que se propõe a percorrer novos caminhos sonoros criados pelo reputado compositor inglês, em parceria com o cúmplice Mr Switch.

Pedro Mafama, o artista que está a marcar uma narrativa única, apresenta-se aos vimaranenses no dia 17 de setembro, às 18h00, nos jardins do Vila Flor. Em “Estava No Abismo Mas Dei Um Passo Em Frente”, o seu segundo álbum, o artista mostra o resultado de anos de estudo da música popular portuguesa, debruçando-se sobre os bailes, as marchas e as rumbas portuguesas, com composições da sua autoria. “Estrada”, tema que junta o cante alentejano com a rumba portuguesa numa viagem pelas estradas do seu universo, “Preço Certo”, inspirado na música tradicional de baile, filmado precisamente no mítico programa da televisão portuguesa, e “Marcha Bonita”, onde Pedro Mafama se inspira na cidade de Lisboa e canta-lhe uma marcha popular, são alguns dos seus temas de maior sucesso.

Em “Palco Principal”, a nova criação do coletivo SillySeason, o olhar recai sobre o universo de Tchékhov e d’“A Gaivota” e encerra uma temporada de espetáculos que, partindo de um clássico da dramaturgia europeia, tendem a resgatar e inscrever narrativas perdidas na maior ficção de todos os tempos – a História. A história é a maior ficção que já nos contaram e viver (a vida e arte) é um luxo que só existe para alguns de nós. Sejam bem-vindos ao palco do cansaço e da self-delusion. Cedemos o palco e a vida e sentamo-nos na plateia, não porque não gostamos do palco, mas porque é urgente erigir um novo palco, mais representativo e igualitário. Mas atenção: este é um espetáculo para rir. Acontecerá no dia 23, às 21h30.