Pela Cidade

Por Wladimir Brito.

Wladimir Brito(2)

por WLADIMIR BRITO
Professor de Direito na Universidade do Minho
1. A nível nacional temos de destacar a justa e oportuna luta dos professores em defesa dos seus direitos, da escola pública e da formação dos jovens, luta que é em defesa do desenvolvimento científico-cultural, económico do país. Não é aceitável o tratamento que, ao longo de anos, os Governos têm vindo a dispensar aos professores, desrespeitando sistematicamente os seus direitos laborais – a um salário justo, a condições de trabalho dignas para o exercício das suas funções pedagógicas e à sua dignidade profissional e pessoal. Com esse tratamento os professores foram constituídos em nómadas úteis, mas dispensáveis sempre que seja se a política orçamental o exija. No exacto momento em que se democratiza ao ensino e se reclama a formação académica para todos os jovens, os Governos olham para os formadores e para as suas condições de trabalho como um custo que é preciso minimizar, quando a acima referida dignidade pessoal e profissional do professor, devia ser considerado como um investimento no futuro. Não há ensino de qualidade com nomadismo, intranquilidade e angústia existencial do professor. Não há ensino de qualidade com desrespeito pelos professores e pela função que exercem. Justa é a vossa luta e nós cidadãos, em especial quando também somos professores, temos o dever de estar convosco nessa luta. Levanto convosco o punho e convosco, a uma só voz, grito RESPEITO.

2. Comboio ou metro? Comboio a metro ou metroboio? Eis o problema existencial da sociedade vimaranense. Existencial, há mais de um século, o comboio; agora, o metro e, com ele, o metroboio. Não posso afirmar com a certeza oferecida por um conhecimento técnico-científico e sócio-económico qual das soluções melhor serve Guimarães ou este concelho em articulação com outros concelhos limítrofes que, a partir de Guimarães, poderiam beneficiar uma dessas formas de mobilidade. Um sector da sociedade local prefere o comboio, outro defende o metro de superfície. Contudo, na minha opinião de leigo amante da via férrea, tudo dependerá do problema que se pretende resolver. Se se pretende um trans-porte de pessoas e mercadorias de longo curso, eficiente, rápido, amigo do ambiente e do bolso as empresas e dos cidadãos, o comboio para passageiros e/ou para este e mercadoria parece-me ser o mais adequado, mas sempre a partir de Guimarães em direcção ao Porto/Lisboa e nunca para Braga. Na verdade, para que ir a Braga apanhar o comboio se o podemos apanhar em Guimarães?

Se estamos a discutir somente o transporte de passageiros, rápido, cómodo, eficiente, barato, amigo do ambiente, da coesão territorial e das pessoas que vivem nas freguesias por onde pode passar e transportá-las, parece-me que o metro com ligação intermodal em Braga deve ser a opção mais racional. Com esta opção, as populações locais poderiam usar o metro para apanhar o comboio em Guimarães; poderiam ainda usá-lo para beneficiar dos horários de comboio em Braga, sempre que aí o horário fosse mais favorável. Com o Metro, desde que projectado para se articular com os comboios em Braga, teríamos o metroboio.

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