O prolongamento dos passadiços que acompanham a margem da à albufeira da barragem de Queimadela, em Fafe, está a gerar contestação junto de alguns habitantes do concelho que agora lançam uma petição para acabar com a obra.

“É um atentado ambiental”, critica este grupo. Trata-se de um investimento de 155 mil euros que prolonga o atual passadiço com uma ponte, junto à zona da cascata, no ponto mais a leste da albufeira. A estrutura permitirá atravessar para a outra margem e torna o percurso circundante à albufeira bastante mais curto que atualmente.

Mesmo assim, a petição, endereçada à Câmara Municipal de Fafe e ao Ministério do Ambiente, defende que “os passadiços em redor não acrescentam valor à barragem de Queimadela”. Recorde-se que a praia da Barragem de Queimadela foi este ano distinguida com Bandeira Azul, passando a ser a segunda praia fluvial no distrito com este galardão, depois de Adaúfe, em Braga.

A autarquia prevê que esta intervenção possa dotar de melhores condições os caminhos pedonais existentes.

Raul Cunha, presidente da Câmara de Fafe, explica que “este projeto pretende valorizar a Albufeira de Queimadela e melhorar as condições para todos os que visitam aquele espaço ao longo do ano”.

Quem não está convencido são os quase 400 fafenses que já tinham assinado a petição até segunda-feira, dia 21, às 20h00: “Pela barragem, pelo meio ambiente, pelos cidadãos e pelas espécies animais, queremos o fim da construção dos passadiços na barragem! Já!”