Pinto Brasil crítico com a gestão da SAD

Pinto Brasil vai solicitar explicações sobre a situação financeira do clube e da SAD.

Pinto-Brasil-barra

Manuel Pinto Brasil, que em 2010 e 2012 foi candidato à presidência do Vitória, manifestou desagrado com a gestão da SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa. Em comunicado enviado às redações, o empresário revela insatisfação pela antecipação de 20 milhões de euros de receitas televisivas e pelo recente pedido de insolvência requerido pela empresa de Deco.

Comunicado na integra:

O Vitória Sport Clube vive momentos de enorme sobressalto.
A notícia da antecipação de €20 milhões de euros de receitas televisivas das futuras três épocas desportivas, deixa a descoberto a gestão absolutamente desnorteada da atual administração.

Eleita há pouco mais de uma época e meia, e tendo herdado um clube económica e desportivamente estável, esta direção conseguiu o inimaginável: comprometer a sustentabilidade e a sobrevivência do carismático e centenário clube que transportamos no coração.

Sem prejuízo de outras considerações igualmente pertinentes, legitimas dúvidas se colocam quanto à legalidade e à moralidade desta antecipação de receitas. Sim, ilegal porque nenhuma autorização foi solicitada aos sócios e/ou acionistas para a contratação de um garrote de tamanha magnitude financeira e temporal que vai para além do período de mandato da atual direção do clube e da administração da SAD. E imoral porque, com eleições estatutariamente fixadas para o próximo ano, deixa sem receitas televisivas a futura direção e administração do Vitória.

Tal como milhares de outros Vitorianos, me recuso a assentir que “o rei não vai nu” porque a verdade está bem à vista dos sócios e de todos os que vivem o fenómeno futebolístico a nível nacional: o Vitória caminha para o abismo!

A atual direção recebeu um clube nas competições europeias, com milhões de euros de disponíveis e diversos jogadores valiosos que igualmente renderam milhões – veja-se o caso de Edmond Tapsoba que já trouxe €20 milhões aos cofres da SAD, o do Pêpê, vendido por €4.5 milhões ou o da receita da Liga Europa, de valor superior a €6 milhões de euros. Contas feitas, foram mais de €40 milhões que já sumiram, sem contar com as receitas correntes de TV, marketing, bilheteira, etc.

Como é possível, o Vitória chegar à vergonha de ter um pedido de insolvência?!

E não vale a pena lançarem mão da velha estratégia dos comunicados com teorias da conspiração e de inimigos externos para esconderem o obvio. Fica, desde já, o desafio à atual administração para que esclareça o que, de facto, a empresa D20 do ex-futebolista Deco está a reclamar.

Os erros que se comentem sucedem-se e a falta de respeito pelos sócios e acionistas acentua-se a cada dia que passa. À desculpa de que tudo se deve à COVID – como que se a doença só existisse em Guimarães – e à opaca transmissão de acções de Mário Ferreira por valores e critérios nunca escrutinados, junta-se o preocupante inflacionamento dos orçamentos anuais – massas salariais de jogadores, dirigentes, etc – que nos trouxeram a esta situação inédita de excesso de gastos e nenhuns resultados desportivos em qualquer das equipas de futebol. Não fora a famigerada pandemia e no estádio D. Afonso Henriques assistiríamos a jogos num ambiente absolutamente irrespirável de contestação generalizada.

A prometida “ambição e mudança de paradigma” com que esta nova direção iniciou funções em Julho de 2019, levou à contratação 70(?!) novos jogadores (“jovens potros”, como diz o diretor-geral, entretanto desaparecido ao som dos violinos do Titanic…) e à dispensa desbaratada de bons jogadores, como é o exemplo gritante da dispensa de Al Musrati, aproveitada pelo SC de Braga.

Fui candidato a presidente do Vitória por duas vezes: em 2010 e em 2012. Nunca o fiz para me servir do clube mas por um forte sentido de missão e de amor à terra aonde vivo e ao clube que a representa.

Comigo o Vitória poderá continuar a contar, como sempre. Solicitarei, hoje mesmo, todas as informações à direção do clube e administração da VSC-SAD sobre a atual situação financeira e desportiva de ambas as entidades.

A bem do Vitória Sport Clube.

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