“Porta a Porta – Casa para Todos” sai à rua para exigir soluções para o acesso à habitação
O Porta a Porta – Casa para Todos, movimento pelo direito à habitação, saiu à rua, um pouco por todo o país, para exigir soluções que permitam a melhoria das condições de acesso à habitação.

A ação de protesto, que incidiu neste fim de semana, incluiu a colocação de casas de papelão em estátuas e monumentos emblemáticos, com a inscrição de palavras de ordem.
Nas mensagens, colocadas em Guimarães na noite de sexta-feira, 24 de novembro, exigia-se, entre outras medidas, a revogação da lei dos despejos e o direito a habitação.
“Casa para todos”, pôde ler-se na “casa” colocada na estátua de D. Afonso Henriques, “Direito à habitação” na fonte da Vitória, na Alameda Alfredo Pimenta, ou “Revogar a lei dos despejos”, na inscrição colocada na estátua de S. Gualter, localizada em frente da igreja de S. Francisco.
O movimento “Casa para todos” quer assim alertar para a necessidade de “soluções imediatas”, criticando o Governo por “prosseguir a política de direita e com isso agravar os problemas daqueles que vivem e trabalham em Portugal e precisam de casa para viver”.
Critica o Governo também pela demora da proibição do aumento das rendas em mais 7% já em janeiro de 2024, e afirma que este Orçamento de Estado “recua e não concretiza o fim dos benefícios fiscais aos residentes não habituais”.

© Casa para todos
Diz ainda o movimento que a banca nacional “continua a acumular mais de 12 milhões de euros líquidos de lucros por dia enquanto os juros continuam em valores altíssimos que sugam os salários para pagar a prestação da casa”, e que estão “fartos de escolher pagar a renda ou comer”.
Com o aproximar do Natal, o movimento deixa algumas preocupações, nomeadamente pelo “intensificar dos despejos pelos proprietários não satisfeitos”, e deixa várias questões: É normal chegar ao Natal a pensar sem teremos teto para a consoada? É normal chegar ao Natal e olhar para o prato vazio porque o salário foi todo para pagar a renda ou a prestação ao banco? É normal chegar ao Natal sem saber se aquele será o nosso lar o ano que vem ou sequer se teremos lar?
Por isto termina, na nota enviada à comunicação social, que “não podemos esperar, a espera é o nosso sufoco e os lucros contínuos deles”, e exige soluções imediatas.
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