Prazos do PRR apertam: Guimarães relança concurso para pavilhão da EB 2,3 de S. Torcato
A Câmara Municipal de Guimarães aprovou, esta segunda-feira, 19 de maio, o lançamento de um novo concurso público para a ampliação do pavilhão da Escola Básica 2,3 de S. Torcato, depois de o primeiro ter ficado deserto.

© Helena Lopes / Mais Guimarães
O presidente da autarquia, Domingos Bragança, destacou a urgência do arranque da obra, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), alertando para os prazos apertados definidos pelo programa. “Foi necessário atualizar o preço base e relançar o concurso. Espero que desta vez não fique deserto, porque o tempo começa a escassear”, afirmou o autarca, lembrando que a conclusão da intervenção tem como limite junho de 2026. “Está na hora da obra começar para não perdermos os fundos europeus”.
A empreitada visa complementar a requalificação já realizada na EB 2,3 de S. Torcato, através da modernização do pavilhão desportivo, numa intervenção que Domingos Bragança espera que contribua para transformar a escola numa “referência nacional”.
O presidente da Câmara aproveitou ainda para fazer um balanço do estado de outras obras escolares, também enquadradas no PRR ou no financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI). Entre elas, destacou a EB 2,3 de Pevidém, uma obra avaliada em cerca de 14 milhões de euros. “Estamos na fase de validação do contrato de adjudicação no Tribunal de Contas. Assim que obtivermos luz verde, avançamos com os trabalhos”, garantiu.
Apesar dos atrasos no financiamento por parte do Governo, Domingos Bragança assegurou que o Município tem procurado soluções para não comprometer o calendário das intervenções. “Conseguimos reconfigurar os empréstimos municipais para colmatar a ausência de financiamento, garantindo que estas obras possam ainda decorrer no âmbito do PRR, sem perder o compromisso assumido com o Governo”, explicou.
Mais complexa é a situação da EB 2,3/S Santos Simões, uma obra com um custo estimado de 18 milhões de euros. “É um valor demasiado elevado para suportarmos com recursos próprios ou através de empréstimo municipal. A obra já foi a concurso, estamos a analisar as propostas, mas aguardamos o apoio do Governo e do BEI para avançar”, sublinhou, reconhecendo que o contexto político nacional, marcado pelas eleições legislativas antecipadas, tem atrasado decisões fundamentais. “Há um trabalho financeiro exigente que estamos a fazer para não perdermos tempo. Mas os atrasos do Governo têm dificultado a execução.”