As declarações ocorreram durante o hasteamento da bandeira preta e branca no Estádio D. Afonso Henriques, integrado nas comemorações do 103º aniversário do clube. O dirigente explicou que a reformulação, que incluiu a entrada de 10 reforços [sete deles com menos de 23 anos], a contratação de uma nova equipa técnica e a saída de 12 jogadores, foi “pensada e equilibrada” para projetar o futuro do Vitória.

“Precisávamos de um balneário mais jovem e menos vaidoso. Hoje temos jogadores com orgulho em vestir esta camisola e com grande vontade de respeitar o clube. Esta mudança era necessária e acreditamos que o futuro será positivo”, afirmou o líder vimaranense, que ocupa o cargo desde março de 2022.

António Miguel Cardoso fez questão de valorizar o trabalho das épocas anteriores, marcadas por referências como Bruno Varela, Borevkovic, Villanueva, Tiago Silva e João Mendes, mas sublinhou que alguns atletas procuraram novos desafios, tornando inevitável a renovação. O presidente reiterou a exigência competitiva: “Se não conseguirmos terminar nos cinco primeiros lugares, eu próprio não ficarei satisfeito e os sócios também não devem ficar.” A equipa encontra-se atualmente no 8.º lugar da Liga, com oito pontos somados em seis jornadas.

Entre os objetivos para o futuro, o dirigente salientou a relevância da equipa B, pela promoção de jovens talentos, e o crescimento do futebol feminino, que se estreou este fim de semana na Liga BPI frente ao Benfica. Acrescentou ainda a intenção de melhorar as infraestruturas da academia, nomeadamente através da cobertura das bancadas de três campos.

Relativamente à parceria com o V Sports, fundo que detém 29% da SAD e é proprietário do Aston Villa, António Miguel Cardoso assegurou que a relação é “estável” e prometeu que qualquer evolução será sempre comunicada “primeiro aos sócios”.