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PS Guimarães defende que saúde mental é “dos núcleos mais relevantes do processo de defesa da saúde local”

Na passada sexta-feira.

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Na passada sexta-feira, o PS Guimarães realizou um debate no qual se falou da Saúde Mental. Moderado por Zara Pontes, presidente concelhia do departamento das Mulheres Socialistas, contou com a presença de Adelina Pinto, vereadora da Câmara de Guimarães com o pelouro da educação e da saúde, Pedro Morgado, coordenador regional de saúde mental na ARS Norte, e Miguel Gonçalves, presidente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho.

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Adelina Pinto começou por elencar, sobretudo, os programas educativos municipais dirigidos à prevenção da saúde mental, mas também aos mais velhos e às famílias em geral, suscetíveis de prevenirem os fenómenos de exclusão ou estigmatização social. Defende que “as cidades são elas próprias essenciais à saúde mental enquanto espaço de vida urbana mais verde, com menos ruído, com menos poluição e com melhor qualidade de vida” e, por isso, têm ser desenhadas não só para as funcionalidades económicas dos adultos mas também para “as crianças e os mais velhos”.

Pedro Morgado, por sua vez, sublinhou que a saúde mental deve estar “presente em todas as políticas”, desde logo na escola, “necessariamente cada vez mais inclusiva e respeitadora dos ritmos de cada aluno e das emoções próprias de cada criança”. Dando a notícia de que irão ser criados, e também em Guimarães, conselhos locais de saúde mental que ajudarão a passar para um paradigma cada vez mais próximo das comunidades locais, defendeu que o modelo anterior, de institucionalização dos cuidados de saúde e de cuidados mentais, já não serve. Sugere um “modelo de proximidade, com equipas comunitárias”, mesmo para as patologias mentais mais graves.

O coordenador regional de saúde mental na ARS Norte trouxe ainda dados relativos aos serviços de psiquiatria no Hospital de Guimarães, dando conta de que aquele serviço foi o que mais cresceu em percentagem de especialistas relativamente à média do país, e que passará a ter um edifício permanente para urgências psiquiátricas, até aqui realizadas em Braga, bem como uma área hospitalar específica, em edifício autónomo, nas cercanias do atual hospital. Representa um investimento de mais de 2,5 milhões de euros, que permite “uma aposta de serviços bastante mais amplificada e qualificada, essenciais para o processo de desinstitucionalização das pessoas com doenças psiquiátrica”.

Já Miguel Gonçalves deu conta daquilo que chamou “mitos sobre as doenças psicológicas” que tendem a estigmatizar os doentes, e que podem ter origem nos próprios profissionais de saúde. Defende para Portugal um sistema de saúde mental semelhante ao modelo britânico, no qual “uma rede nacional de psicólogos provê cuidados psicoterapêuticos qualificados que não se limitam a meros apontamentos psicológicos, ineficazes pela suas escassez e inacessibilidade”.

Ricardo Costa, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Guimarães, encerrou o debate defendendo que “a saúde mental constitui um dos núcleos mais relevantes do processo de defesa da saúde local”.

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