PSD diz que Domingos Bragança adotou “estratégia errada para a habitação desde o início”
Rui Armindo Freitas, deputado do PSD, criticou o município por ter "uma abordagem passiva no que diz respeito à habitação".

Na Assembleia Municipal de Guimarães, realizada na sexta-feira passada, em Moreira de Cónegos, Rui Armindo Freitas disse que há a “ausência de uma estratégia municipal de habitação”.
Para o social-democrata, o município percebeu que “toda a sua estratégia está errada desde o início”, depois de Domingos Bragança ter dito que era preciso rever “o Plano Diretor Municipal (PDM) de 2015 com urgência, devido à necessidade de “aumentar a capacidade de construção destinada a habitação.”
Rui Armindo Freitas teceu mais críticas a Domingos Bragança, ao referir que o município “é campeão regional dos impostos cobrados. Cobra hoje mais do que o que orçamentou para impostos e é incapaz de olhar para a classe média e fazer o que é da sua responsabilidade, que é ajudar a que tenham uma vida melhor.”
Segundo o deputado, o PSD apresentou medidas para o apoio à aquisição da habitação por parte da classe média e dos jovens, “uma necessidade que já sentimos urgente devido à subida de taxas de juro e para conter a inflação que penaliza esta parte da sociedade, que é sempre a mais castigada com a carga fiscal.”
Na sua intervenção, Rui Armindo Freitas acrescentou que a diferença entre Guimarães e os concelhos vizinhos é cada vez maior, considerando que “vivemos numa crise de habitação em Guimarães num cenário de perda de população, ao contrario de concelhos aqui ao lado. As medidas de apoio nos concelhos vizinhos existem, ao contrário de cá”, rematou.
O social-democrata enalteceu ainda que “a oferta da habitação para a classe média é fundamental para captar talento. O talento é fundamental para a captação de investimento, que proporcione emprego qualificado”.
Do outro lado, Domingos Bragança começou por dizer que houve uma diminuição da população em Guimarães, tal como “em grande parte dos concelhos vizinhos”, mas com a particularidade de nos outros “descer muito mais”. O presidente da câmara apontou que os empresários que habitam na cidade berço “estão à altura de desenvolver Guimarães do ponto de vista económico.”
O autarca referiu também que o PDM, em vigor em 2015, “era bom, mas não resultou porque não antevimos a especulação dos preços”. Domingos Bragança justificou a mudança com a necessidade de “combater a especulação imobiliária. Temos de combater isto com contratos de propostas de planeamento”, o que está previsto no PDM atualmente em revisão.
O socialista considerou, por fim, que há um “problema de grande atratividade em Guimarães,” e acrescentou que o “problema da habitação é nacional e europeu.”
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