PSD propõe criação de fundo de apoio ao comércio tradicional

A proposta foi apresentada pelo vereador Ricardo Araújo. A autarquia poderá integrar a sugestão no âmbito de um fundo mais abrangente.

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A proposta foi apresentada pelo vereador Ricardo Araújo. A autarquia poderá integrar a sugestão no âmbito de um fundo mais abrangente.

O PSD propôs à autarquia a criação de um fundo de apoio ao comércio tradicional,  de modo a auxiliar aquele que o partido considera ser um dos setores mais afetados pela pandemia mundial. A proposta foi apresentada pelo vereador Ricardo Araújo.

Admitindo que os detalhes técnicos possam vir a ser alterados pela autarquia, o social-democrata sugeriu que o fundo tivesse um montante aproximado de um milhão de euros, fosse dirigido a micro-empresas com volume de negócios de cerca de 300 mil euros, com até 10 trabalhadores. Este seria um fundo “para apoio à tesouraria e às dificuldades que estas empresas estão a sentir”, explicou. “Os apoios surgiriam em forma de empréstimos com prazos de reembolsos, de cinco a dez anos, onde o município pudesse suportar o risco as taxas de juro, com montantes até 20 mil euros que fossem financiamentos em condições que permitissem um acesso fácil, rápido e simples”, esclareceu. Ricardo Araújo admitiu que o Governo tem vindo a criar diversas medidas de apoio a pequenas e médias empresas e esta não seria uma medida concorrencial às do Governo, mas sim “complementar”.  

Na resposta, o vereador responsável pelo pelouro do Desenvolvimento Económico, Ricardo Costa, revelou que a Câmara estava a negociar a criação de um programa mais abrangente dedicado ao tecido económico empresarial, vocacionado para a inovação e investimento, com a Portugal Ventures. “Estávamos a trabalhar desde janeiro deste ano, não neste sentido, mas num fundo que fosse mais longe a ajudar as empresas na inovação. O município per si não pode financiar de forma direta as empresas, é proibido por lei”, justificou.

Agora, esse fundo será atualizado de forma dar resposta às novas necessidades. “Este fundo pode e deve ser alargado ao Quadrilátero Urbano ou à CIM do Ave. Se percebermos que é importante criar outro fundo, implementaremos”, admitiu.

A Câmara está igualmente a preparar o lançamento plataforma e-commerce, no sentido de acelerar o processo de transformação digital. “É uma plataforma que está a ser preparada desde janeiro e está pronta a entrar no mercado. Falta articular com o presidente da Câmara e o presidente do Gabinete de Crise”, explicou. Ainda assim, pode haver diversas condicionantes, segundo Ricardo Costa. “Queremos abrir e retomar a economia, mas se a Europa não tiver uma estratégia de abertura simultânea, podemos não conseguir”, confessou.

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