Quadrilátero Urbano convida a participar em concurso empresas com os mesmos gestores

Em causa está um contrato assinado no dia 11 de março de 2020, no valor de 39.500 euros, para contratação de "serviços de representação em Bruxelas, com o objetivo de dotar as quatro cidades do Quadrilátero Urbano.

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Em causa está um contrato assinado no dia 11 de março de 2020, no valor de 39.500 euros, para contratação de “serviços de representação em Bruxelas, com o objetivo de dotar as quatro cidades do Quadrilátero Urbano (Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos) de um melhor acompanhamento técnico que fomente a sua participação em ações, atividades e propostas comunitárias”.




A denúncia foi feita inicialmente nas redes sociais e avaliada neste domingo, 28 de março, pelo Polígrafo e dá a entender que o procedimento, apesar de aparentar ter tido em consideração vários candidatos, não teve, já que as empresas na corrida pelo contrato eram geridas pelas mesmas pessoas.

A prestação do serviço foi entregue à empresa Inova+, Innovation Services, SA, que teve melhor avaliação do que a Tecpitch Engenharia e Inovação Pessoal, Lda. As empresas, no entanto, e apesar de distintas, tinham as mesmas pessoas a liderá-las. Na data de assinatura do contrato, a Tecpitch tinha como sócios Pedro Emanuel Oliveira de Castro e Luís Miguel Nunes de Sousa, também vogais no conselho de administração da Inova+.

O negócio, disponível para consulta no portal Base, foi desenvolvido por consulta prévia, um procedimento no qual a administração pública convida, pelo menos, três empresas, que apresentam propostas de negócio. Quem adjudica, neste caso o Quadrilátero Urbano, no final, escolhe a proposta mais vantajosa.




Em declarações ao Polígrafo, Nuno Cunha, coordenador da Associação Quadrilátero, esclarece a divergência no número de entidades na corrida ao negócio: “Eu convido sempre, no mínimo, três. Depois, as entidades recebem a notificação de que foram convidadas e, mediante os seus interesses, concorrem, ou não. A diferença entre entidade convidada e concorrente é essa.”

Sobre o facto de as empresas terem ligações aos mesmos gestores, o coordenador da Quadrilátero revela alguma surpresa: “Não tenho propriamente uma resposta para dar a essa pergunta, porque eu não sabia que tinha os mesmos gestores. Não sabia, nem sei. Desconhecia, em absoluto.”

O coordenador conclui ao Polígrafo que não passa de “uma coincidência”.

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