A cerimónia contou com a presença de diversas individualidades, incluindo Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, e Rui Armindo Freitas, secretário de Estado Adjunto e da Presidência, que sublinharam a importância da iniciativa para a valorização do património e da identidade local.

José Couceiro, provedor da Real Irmandade, destacou a relevância simbólica da obra, referindo que o evento marca um dia de celebração para a comunidade: “Queremos dizer muito obrigado. Feliz àquele que acredita sem ver…  Obrigado Dr. Domingos Bragança porque acreditou na nossa força, no nosso labor e na nossa capacidade para hoje, aqui, estarmos neste dia bonito do Sol, a inaugurar a imagem do apóstolo do São Tomé”. Couceiro aproveitou para lançar um repto à comunidade e às instituições: “Faltam-nos ainda cinco outras imagens. Que consigamos, com as esmolas e o apoio de empresas e instituições, continuar a edificar estas estátuas, ajudando não só a Irmandade, mas toda a comunidade, que é o nosso lema há 430 anos.”

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

O provedor da Irmandade enalteceu também o trabalho do mestre canteiro José Silva, responsável pela execução da escultura: “Se não fosse a arte e o labor do mestre José Silva, esta obra magnífica não seria possível. A Real Irmandade procurou seguir a mesma gramática artística das demais estátuas, garantindo autenticidade e continuidade na tradição religiosa e cultural da cidade.”

Por sua vez, Rui Armindo Freitas, secretário de Estado Adjunto e da Presidência, realçou a importância histórica e social da Irmandade: “Hoje celebramos uma instituição que caminha para meio milénio de serviço à comunidade. Inicialmente focada no culto e na instrução, a Irmandade evoluiu para também preservar a cultura e o património, mantendo um impacto significativo em Guimarães.” O secretário de Estado destacou ainda a parceria com a Câmara Municipal, que apoiou a monumentalização do jardim e a colocação da estátua, e enfatizou que o município certamente “dará continuidade” a este serviço à cidade e à comunidade.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, sublinhou o valor simbólico e cultural da escultura de São Tomé: “Esta obra representa a coerência artística e religiosa que caracteriza o nosso património. A Câmara Municipal está empenhada em apoiar iniciativas que preservem e valorizem a história da cidade, promovendo a monumentalidade e a autenticidade das intervenções culturais e religiosas.” Bragança destacou ainda que a continuidade deste projeto, com futuras esculturas, reforçará a identidade local e o vínculo da comunidade com a sua tradição histórica.

A escultura de São Tomé integra assim o Largo República do Brasil, espaço que combina monumentalidade e património religioso, tornando-se um ponto de referência para os vimaranenses e visitantes. A Real Irmandade, com 430 anos de existência, mantém-se fiel à sua missão de “serviço a Deus e à comunidade”, garantindo que a história, a cultura e a tradição religiosa continuam a ser vividas e partilhadas na cidade.

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