Recheio da Polopiqué II e da Cottonsmile vai a leilão
O grupo tem dívidas de mais de 60 milhões de euros e já despediu cerca de 280 trabalhadores.

© Rui Dias / Mais Guimarães
O inventário das duas unidades do grupo Polopiqué que foram declaradas insolventes – Polopiqué II e Conttonsmile – vai a leilão por 2,3 milhões de euros, esta sexta-feira, a partir das 14.30, no Hotel de Guimarães. O grupo Polopiqué, que se encontra em Processo Especial de Revitalização (PER) tem dívidas de 66,5 milhões de euros, a 420 credores.
O recheio da Polopiqué II, com sede em Moreira de Cónegos, vai a leilão por um valor base de 2 311 790 euros, enquanto o da Cottonsmille, com sede em Vilarinho, Vizela, vai à praça por 48 230 euros, refere a leiloeira Leilosoc, em comunicado. O leilão vai realizar-se no Hotel de Guimarães, esta sexta-feira, a partir das 14.30. Ambas as empresas vinham a acumular prejuízos nos últimos exercícios: em 2023, a Polopiqué II registou 1,6 milhões de euros e a Cottonsmille ultrapassou um milhão.
O encerramento das duas unidades implicou o despedimento de cerca de 280 pessoas. No momento do encerramento as dívidas da Polopique II ascendiam a 20,8 milhões de euros e, no caso da Cottonsmille, a 3,9 milhões de euros. Entre os artigos a leiloar encontra-se diverso equipamento para a indústria têxtil: teares jacquard, retos e de ensaio; máquinas de paletizar, comprimir cones, tingir, secar fio, encher carretos, atar teias, abrir e fazer cargas, costura, agrupar etiquetas, ponto corrido, pregar botões, camisas e colarinhos, corte a laser; bobinadores; ajuntadeiras; retorcedores; balança de plataforma; bobinadeiras; prensa de termocolagem; bicos de patos; urdideiras; engomadeiras; stacker; remetedeiras; empilhadores; centrais de ar comprimido; central fotovoltaica; e estantes industriais, entre outro material.
A Polopiqué apresentou-se a PER com dívidas de 66,5 milhões de euros a 420 credores, o BCP, com 14,2 milhões de euros, é o maior credor, seguido do grupo Inditex (proprietário da Zara), com 12,6 milhões de euros e da Caixa Geral de Depósitos com 6,5 milhões de euros.
Por Rui Dias.





