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Recordar… o Vitória #56

Por Vasco André Rodrigues.

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Por Vasco André Rodrigues, Advogado e fundador do projeto ‘Economia do Golo’Um esteio no último reduto do Vitória…

Um daqueles defesas capazes de atemorizar os avançados, apenas, com o rosto de duro, capaz de deixar os mais impressionáveis assustados!

Cléber foi, indiscutivelmente, um dos defesas centrais que maior marca deixou no Vitória no presente século.

Um homem com características de carácter que merecem aplauso, como a determinação, a abnegação, a capacidade de motivar os colegas; ou seja, características que o levaram a envergar a braçadeira de capitão dos Conquistadores com honra e respeito.

Chegaria a Portugal na temporada 2000/01 para os Belenenses, por indicação de um velho caminhante do futebol português, também ele, com ligações ao Vitória. Falamos de Marinho Peres, que nessa aventura com os homens da Cruz de Cristo ao peito, quis ter um defesa central fiável e duro, que também soubesse marcar bolas paradas a preceito e que, em caso de necessidade, ainda, pudesse actuar a médio defensivo.

Faria uma temporada a demonstrar os seus predicados, o que desencadearia, no final da temporada, que o Vitória de Augusto Inácio se interessasse pelos seus préstimos. Na verdade, depois de uma temporada com três treinadores e com muitos atletas a exibirem-se abaixo do esperado, urgia uma remodelação na equipa…torná-la mais à imagem do treinador, que pretendia formar um conjunto com durabilidade para algumas épocas.

O jogador brasileiro chegaria, assim, a Guimarães, para assumir, de modo indiscutível, a titularidade ao lado do seu compatriota Flamarion. Aliás, essa época, que seria mediana em termos de classificação, teria o seu primeiro êxito à segunda jornada em Faro, perante a equipa local, com um golo do herói destas linhas.

Continuaria sempre imprescindível… capaz de catapultar os seus colegas, naquele seu registo “durinho” mas leal, susceptível de agradar a qualquer treinador.

A temporada seguinte seria a do Vitória a jogar em Felgueiras. A actuar num inovador sistema de três centrais, o brasileiro assumiu o papel de líbero a preceito. Uma voz de líder, capaz de comandar de frente para os seus colegas e adversários, dotado de uma capacidade táctica essencial ao funcionamento de um modelo que, à altura inovador, mereceu todos os elogios.

Aliás, aquele quarto lugar final (que não deu direito a competições europeias), teve muito do defesa, do seu modo em coordenar a ligação a homens como Ricardo Silva, Marco Couto ou Rogério Matias.

Porém, a carreira do jogador em Guimarães viveu, também, da montanha russa daqueles tempos.

No ano seguinte, apesar de continuar a desempenhar papel relevante na equipa, sentiria as oscilações de um ano negro, salvo, apenas, pelas derrotas de terceiros. Aliás, seria a temporada que menos seria utilizado, como consequência de algumas lesões e castigos.

A temporada seguinte seria a primeira da presidência de Vitor Magalhães como presidente do clube e com Manuel Machado a treinador.

Cléber seria indiscutível, ao lado de homens como Moreno, Dragóner ou do seu compatriota Paulo Turra. Aliás, a dupla com este último, ficaria na memória de todos os adeptos, já que terá sido uma das melhores dos últimos anos. Dois homens duros, de “faca nos dentes”, contundentes, capazes de tornar a baliza vitoriana inexpugnável e conducente a um apuramento europeu festejado em êxtase.

O pior viria depois… na temporada seguinte, mesmo com todo o esforço de um capitão, por vezes a remar sozinho, os Conquistadores haveriam de, inexplicavelmente, cair no segundo escalão. Um malogro capaz de gelar qualquer coração!
Cléber, esse, partiria rumo aos polacos do Wisla Krakow, mas jamais esquecendo o Vitória.
Aliás, o seu filho haveria de representar os juniores do nosso clube, sendo que, inclusivamente, o velho Cléber pode ser visto, quando está em Portugal, nas bancadas do D. Afonso Henriques…a sofrer como qualquer vitoriano.

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