Recordar… o Vitória #7

Por Vasco André Rodrigues.

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Por Vasco André Rodrigues,
Advogado e fundador do projeto ‘Economia do Golo’

A conquista da Supertaça

O fim de época anterior havia sido agónico!

Sofrido!

Doloroso!

O Vitória havia-se qualificado no décimo quarto posto, salvando-se da descida de divisão, pela diferença de golos… haveria de ter de pugnar judicialmente por esse direito, graças à querela legal levado a cabo pela Académica, que alegou à má inscrição de N’Dinga.

Na Taça de Portugal, o sonho morreu na praia.. aquela final frente ao FC Porto, decidida nos minutos finais por Jaime Magalhães foi mais um fardo numa época em que tudo correu mal.

Porém, aquele desafio permitiu ao Vitória qualificar-se, via Taça, para as competições europeias e disputar a Supertaça Cândido Oliveira, em virtude dos Dragões terem vivido época lendária com a dobradinha na Lusitana Pátria, ao que acresceram Supertaça Europeia contra o Ajax e a Taça Intercontinental, à neve, perante os uruguaios do Peñarol.

Era mais uma oportunidade para os vitorianos colocarem um troféu nacional na sua vitrina… o primeiro, depois de tantas desilusões vividas em finais de Taça.

Porém, naquele longínquo 28 de Setembro de 1988, data da primeira mão da Supertaça, a disputar no, ainda, Municipal, o Vitória era tudo menos do que favorito. Esse pertencia aos homens da Invicta, ainda que, por esses dias, vivessem em espantosa crise de identidade sob a orientação de Quinito.

Os Conquistadores, a fazer uma temporada mediana, sob a orientação do brasileiro Geninho, seriam surpreendentes, pela positiva. Em noite de chuva, viveu-se, no Berço da Nação, uma noite abençoada. Os golos de Décio António, um brasileiro que sempre prometeu muito mais do que cumpriu, a fechar a primeira parte e de N’Dinga, a abrir a segunda, incendiaram os corações vitorianos… os Branquinhos aguentariam como leões uma preciosa vantagem e podiam sonhar!

A segunda mão, a disputar nas Antas, já que na altura a prova era disputada nas casas de ambos os contendores, seria difícil.

E foi!

Os homens da casa carregaram no acelerador desde os primeiros minutos!
Massacraram!

Domingos, Rui Águas, Jaime Pacheco, André (o pai do nosso André André) tudo fizeram para bater Neno.

Mas, o, actual relações públicas vitoriano, foi imperial!

Imbatível!

Sublime!

Em conjunto com ele, o último reduto liderado por Bené e Germano foram de uma segurança inexpugnável!

Por mais que o adversário pressionasse, haveria sempre uma perna para repelir a bola, para cortar, para respirar, lançar os velozes e tecnicistas Chiquinho e Silvinho.

O tempo passava…o sonho crescia.

Nos últimos minutos, ninguém de branco se conseguia sentar no banco de suplentes.

Nas bancadas, sentia-se que o sonho estava cada vez mais perto…o Vitória iria inscrever o seu nome no rol de vencedores de provas nacionais!

Quando o árbitro Pinto Correia apitou para o final, a certeza que não existia qualquer maldição… o Vitória, também, sabia vencer provas nacionais!

E, no momento, em que Carvalho, o capitão de equipa, levantou a taça, o momento de um capitão sorridente, secundado pelos seus colegas, entrou para a história: o Vitória estreava-se a vencer em provas nacionais!

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