O Westway LAB regressa de 7 a 10 de abril
Os concertos vão ter transmissão na internet.

É a oitava edição consecutiva do Westway LAB – festival, conferência, criação – o primeiro evento internacional de música em Portugal a integrar Residências Artísticas, Conferências Profissionais, Talks, Showcases e Concertos, organizado pel’A Oficina desde 2014, a partir de Guimarães – reside no contacto presencial dos seus intervenientes, realizando-se agora de forma adequada ao contexto sanitário que atravessamos. O festival decorre de 7 a 10 de abril com transmissão digital de seis concertos, 10 showcases, 23 conferências e duas keynotes.

Os seis concertos de projetos artísticos nacionais desta oitava edição repartem-se entre os dias 9 e 10 de abril com transmissão exclusivamente digital a partir do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, contando com a curadoria do Why Portugal e da Antena 3. Na noite de sexta-feira, a banda folk-rock portuguesa Diabo a Sete surge às 21h00 para cruzar ritmos, melodias e instrumentos associados à matriz tradicional, com letras e sonoridades contemporâneas. As luzes viram-se de seguida para o artista multidisciplinar Tristany, que às 22h00 nos ilustra a realidade por ele vivida, através da sua voz, do seu olhar e daqueles que o rodeiam, numa expressão de sonoridades cruas com ritmos e estímulos visuais diversificados. A noite fecha às 23h00 com Da Chick. A intérprete, compositora e recentemente produtora portuguesa Da Chick continua em mutação na pesquisa pela liberdade e novas formas de expressar a sua visão e criatividade e promete partilhar o seu groove neste palco de visibilidade internacional.
O sábado, 10 de abril, começa por nos entregar em mãos um Bicho Carpinteiro, como quem diz um caldeirão de rock instrumental e um folk “musculado” regado a viras, fados, chulas e lenga-lengas servidos numa bandeja de ambientes eletrónicos temperados com toda a riqueza que a tradição portuguesa tem para oferecer, para saborear a partir das 21h00. Segue-se a cantora e compositora Beatriz Pessoa às 22h00. Apaixonada pelo calor da música brasileira e já com alguns dos mais importantes palcos de festivais nacionais e internacionais na curta carreira, Beatriz chega ao Westway LAB com o seu primeiro longa-duração, Primaveras, gravado do outro lado do Atlântico. O último concerto desta edição tem início às 23h com o projeto P.S. Lucas. Há uma arte que Pedro Lucas tem vindo a refinar há cerca de uma década com os projetos Medeiros/Lucas e O Experimentar Na M’Incomoda e estreia-se agora a solo com o In Between (2021) que aqui partilha no seu reencontro com o Westway LAB, após ter integrado as residências artísticas deste evento em 2016.
A tarde de dia 10 de abril – habitualmente preenchida por atuações musicais ao vivo em vários pontos da cidade de Guimarães (City Showcases) – reserva-nos uma série de dez atuações transmitidas a partir das 15h numa emissão streaming ininterrupta na página Facebook do Westway LAB. Estes showcases virtuais, resultantes da interligação deste festival com o ETEP (European Talent Exchange Programme), a INES (Innovation Network of European Showcases) e a Spanish Wave, coloca-nos em contacto direto com projetos musicais oriundos de várias geografias como Olivia is a Ghost (Espanha), Go Cactus (Espanha), Melenas (Espanha) Pinpilinpussies (Espanha), My Ugly Clementine (Áustria), Julia Bardo (Itália), TUYS (Luxemburgo), Alicia Edelweiss (Áustria), Sofia Talvik (Suécia) e ainda o português Mira Quebec.
Na vertente profissional, as conferências Westway PRO desta oitava edição do Westway LAB apresentam o início de um “foco ibérico” que será um tema a desenvolver na edição do ano seguinte, pós-pandemia. Esta edição – a segunda em formato híbrido – é assim abordada como uma preparação, mas também uma antecipação mais certa de melhores tempos pela frente, afirmando, agora mais do que nunca, a importância para Portugal e para as restantes regiões que integram a península Ibérica desenvolver ações conjuntas de uma forma útil e estratégica, criando um ecossistema sustentável assente na diversidade das culturas musicais de todas as regiões, bem como no fomento da partilha entre artistas e profissionais da música de toda a península. Após a superação de audiências registada na edição híbrida de 2020, que chegou a audiências online que muito ultrapassaram as verificadas nas primeiras seis edições exclusivamente físicas, Nuno Saraiva (Conferências PRO) apronta-se a afirmar que “é com o mais elevado grau de entusiasmo e positivismo, com criatividade e dinâmica, que apresentamos o programa futurista do Westway PRO 2021.”
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