UMinho: Reitoria coloca violência de género no centro das preocupações institucionais
A Associação de Psicologia (APsi-UMinho), da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, passará a prestar um serviço especializado de apoio a pessoas que na comunidade universitária sejam vítimas de violência.

Considerando “a violência de género um grave problema que afeta seriamente a sociedade portuguesa”, bem como ” os recentes relatos de casos de violência sobre mulheres no seio da comunidade da Universidade do Minho e que geraram um significativo número de reações e de posições públicas“, a Reitoria colocou este problema no centro das preocupações institucionais.

“A violência de género, e especificamente o assédio, que tem múltiplas formas, viola os direitos humanos e dela decorrem, ou podem decorrer, graves sofrimentos e privações, com os quais a nossa Instituição não pode transigir”, lê-se no comunicado da reitoria da instituição. A Universidade do Minho tem estado comprometida com a “promoção da igualdade de género, tendo em processo de aprovação um Plano para a Igualdade de Género, o qual assume a dignidade da pessoa como fonte ética do princípio da igualdade de género”.
Face aos eventos recentes, “ficou claro que os instrumentos de que a Instituição dispõe não se revelaram suficientes para prevenir e acorrer às situações identificadas”, o que veio “reforçar a necessidade de uma maior e mais continuada atenção, uma ação mais vigilante e mais sistemática, preventiva e reativa face às situações de violência no contexto académico”.
Nesta circunstância, a Universidade do Minho ponderou um conjunto de medidas, valendo-se dos seus recursos humanos e de estruturas qualificadas e com experiência nesta matéria, que no imediato e a médio prazo podem contribuir para o objetivo da prevenção e do combate a todas as formas de violência.
A Associação de Psicologia (APsi-UMinho), da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, passará a prestar um serviço especializado de apoio a pessoas que na comunidade universitária sejam vítimas de violência, assegurando rapidez na resposta e sigilo absoluto, e garantindo, ainda, o envolvimento de profissionais qualificados, e a dispor de um endereço eletrónico dedicado à receção de denúncias de casos de violência no âmbito da comunidade universitária, que serão tratadas com o adequado rigor e sigilo, salvaguardando o anonimato de quem denuncia;
O Grupo de Missão para a Elaboração de Orientações de Prevenção e Combate ao Assédio na Universidade do Minho, constituído por Marlene Matos, professora da Escola de Psicologia e coordenadora do grupo, Helena Machado, professora do Instituto de Ciências Sociais, Pedro Jacob Dias, professor da Escola de Direito, Margarida Isaías Ferreira dos Santos, estudante do Mestrado Integrado em Medicina, Eloy António Santos Cordeiro Rodrigues, diretor da Unidade de Serviço de Documentação e Bibliotecas, deve apresentar ao Reitor, até dia 15 de janeiro, um conjunto de orientações capazes de informar a Estratégia da UMinho para a Prevenção e o Combate ao Assédio.
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