Relatório e Contas do município de Guimarães aprovados. Oposição vota contra

O Relatório e Contas de 2023 da Câmara Municipal de Guimarães foram aprovados pela maioria socialista. Já a oposição (coligação "Juntos por Guimarães") votou contra por "razões de ordem política", explica Ricardo Araújo.

© Paulo Guimarães/ Mais Guimarães

A coligação “Juntos por Guimarães” votou contra esta medida por “razões de ordem política e não por questões técnicas” justifica Ricardo Araújo, vereador da oposição. O tribuno explicou que o relatório e contas da Câmara Municipal de Guimarães no ano de 2023 traduz “diferenças claras” entre o município e a oposição em termos de “gestão e atuação”.

Ricardo Araújo acrescentou que “a visão do PS para Guimarães não é a que temos. É bem mais ambiciosa, quer desenvolver o crescimento de Guimarães e não quer deixar a política de estagnação do concelho que o PS tem conduzido.”

Um dos pontos de discórdia é a questão fiscal, em que a oposição tem vindo, “há vários anos, a propor uma redução da carga fiscal para famílias e empresas”, considerando que “existem condições para isso porque assistimos a uma maior arrecadação de receita fiscal por parte do município de Guimarães.”

A receita fiscal do município de Guimarães atingiu os 46.2 milhões de euros em 2023 entre impostos, taxas e outras penalidades, valor superior aos 43.6 milhões do ano anterior, traduzindo-se num “aumento de 6%” dá conta Ricardo Araújo. Estes valores não incluem o IRS, que se encontra no valor de 7.1 milhões de euros, maior que os 6.2 milhões de 2022.

Depois de dar a conhecer estes valores, o vereador considera que “existe espaço para reduzir a carga fiscal para as famílias e empresas”, criticando que a subida da receita fiscal “ao longo dos últimos anos tem sido constante.”

Além disso, Ricardo Araújo justifica o voto contra pelas divergências no modelo de financiamento e transferência para as freguesias, ao nível das acessibilidades de Guimarães às vilas, nas medidas da habitação e ainda relativamente às obras “que continuam a marcar passo”, finalizou.

Em defesa, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, considera “legítimo” que a oposição tenha votado contra “numa perspetiva política”, já que “na perspetiva do rigor, das contas, do sucesso do equilíbrio financeiro e da captação de fundos europeus está tudo bem descrito. Acontece que (a oposição) teria outras opções políticas e outros investimentos.”

Para o edil, o que importa é que “o equilíbrio financeiro (do município de Guimarães) está dentro dos intervalos moderados. Fazemos o equilíbrio financeiro com os fundos europeus”, explicita.

De acordo com Domingos Bragança, a dívida do município é de 23 milhões de euros, valor que “desceu para metade em oito anos e que nos fez estar em condições de contrair empréstimos para o desenvolvimento de Guimarães.” O presidente frisou que os empréstimos a longo prazo “poderão acontecer, porque temos alguns investimentos como o Space Hub, a mobilidade e a rodovia. Se for necessário contrarir empréstimos contraímos, porque a dívida não deve ser tabu.”

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