Ricardo Araújo: “A Câmara Municipal não esteve bem, e o senhor presidente não esteve bem”

No final da reunião de câmara da passada segunda-feira, 16 de setembro, Ricardo Araújo, vereador da oposição eleito pela Coligação Juntos Por Guimarães, disse que a câmara municipal deveria ter evitado estar agora a anular uma decisão que não foi devidamente instruída, quando apresentada ao executivo municipal.

© Mais Guimarães

Ricardo Araújo referia-se a uma nova votação de um subsídio de 40 mil euros à AVH – Associação Vimaranense de Hotelaria, relativa à co-organização de um torneio de Padel que decorreu em Guimarães durante a última semana, o Open Emblezart.

Um torneio a que a Federação Portuguesa de Padel atribuiu a organização à empresa Life Padel, detida em 50% por Pedro Emanuel Bragança, filho de Domingos Bragança, presidente da câmara municipal.

“Houve uma proposta e deliberação que, conforme é dito de forma clara, na auditoria interna, que não cumpira com as exigências e o enquadramento legal”, referiu o vereador.

Uma situação que, a ser ver, devia ter sido evitada, “não deveria ter ocorrido desta forma, não interessa a ninguém, até aos próprios titulares dos órgãos políticos, à imagem que transmitimos para o exterior. Por isso, tive oportunidade de o dizer, este processo, merece a nossa firme condenação política”, vincou.

Efetivamente, acrescentou Ricardo Araújo, “acho que a Câmara Municipal não esteve bem, e o senhor presidente da câmara não esteve bem”.

Segundo o também líder do PSD de Guimarães, a oposição, posteriormente à deliberação na reunião de câmara, foi confrontada com dois novos factos: O primeiro, que a entidade que submeteu o pedido de apoio à câmara (AVH) não era verdadeiramente a principal entidade organizadora do evento, e também que a entidade organizadora do torneio (Life Padel) é detida por um familiar direto de um titular de um cargo político que propôs e votou essa decisão.

“E não nos parece que se resolva este problema simplesmente com o senhor presidente a não propor nem a participar numa nova votação. Por isso votamos contra e condenamos políticamente a condução de todo este processo”, acrescentou Ricardo Araújo.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis da maioria socialista, sem a intervenção de Domingos Bragança.

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