No encontro, Ricardo Araújo fez também o balanço da sua atividade durante os 100 dias que passaram desde que assumiu funções como deputado à Assembleia da República.

Muito perto de concluir o mandato enquanto presidente da secção do PSD Guimarães, o líder concelhio diz que, passados praticamente dois anos, o seu partido está “coeso, unido, fortalecido para os objetivos que temos pela frente”. O objetivo de há dois anos mantém-se, vinca, e “é muito claro”, apresentar uma “alternativa credível e vencedora” nas eleições autárquicas de 2025.

Ricardo Araújo adianta que a estratégia seguida passou por “reforçar o partido internamente, e também externamente”, com a constituição de um Conselho Estratégico Local, uma Academia de Formação Política e a criação de um Gabinete de Coordenação Autárquica, para preparar com cerca de três anos de antecedência as candidaturas às autárquicas, em particular ao nível das freguesias, um processo que está numa fase “bastante avançada”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A nível local, Ricardo Araújo defende que o partido esteve “firme em identificar e em denunciar os principais problemas com que Guimarães se depara. Fomos firmes a criticar esta gestão socialista, que ocupa o poder há 35 anos, e a apresentar alternativas credíveis para a governação”, diz.

O presidente da concelhia e também vereador na Câmara Municipal destaca as propostas apresentadas pelos deputados laranja na Assembleia Municipal ou mesmo no Executivo da Câmara Municipal, em áreas como o desporto, a educação, a habitação, a acessibilidade e os transportes.

Recentemente, o partido apresentou também um Plano Municipal para uma nova política económica em Guimarães, que foi entregue ao executivo. “Infelizmente todas elas chumbadas pelo partido socialista”, lamenta. Propostas em áreas que considera “fundamentais e decisivas” para Guimarães.

Guimarães está, para Ricardo Araújo, permanentemente a ser ultrapassado “por ser incapaz de captar investimento estrangeiro, incapaz de captar investimento nacional e, pior ainda, incapaz de manter as empresas que aqui querem expandir a sua atividade”, acusa.

Guimarães precisa de uma nova ambição e de mais crescimento

“Efetivamente, consideramos que Guimarães está adormecida. Precisa de uma nova ambição e de mais crescimento. Um concelho com mais desenvolvimento, com melhor qualidade de vida, e com condições para as pessoas aqui poderem trabalhar, aqui poderem viver, e aqui poderem estudar”, acrescenta o vereador. Ricardo Araújo considera ainda que “Guimarães tem de se afirmar no plano regional e também nacional”, em que está a perder centralidade.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“É tempo de o Quadrilátero Urbano passar a área metropolitana e Guimarães tem de estar na liderança dessa agenda” propõe o presidente da concelhia, porque esta região, “precisa também de mais investimento e de melhores infraestruturas”, que têm de ser exigidas pelos municípios junto do Governo.

Na conversa com os jornalistas, Ricardo Araújo deu nota dos principais problemas que, a ser ver, Guimarães enfrenta atualmente, e que o partido socialista não tem conseguido resolver. Por isso, acrescenta, “em 2025, quem quiser a mudança em Guimarães só tem como alternativa o Partido Social Democrata, porque no Partido Socialista não há mudança. Há rostos, há nomes, mas a estrutura, as ideias são as mesmas”.

Para Ricardo Araújo, “a capacidade de mudança é nula no Partido Socialista”, desafiando os jornalistas a apresentarem um nome do Partido Socialista que não tenha sido protagonista do partido na última década.”

Por isso, terminou o encontro vincando que, em Guimarães, “a mudança não está no Partido Socialista, muito menos em quem esteve oito dos últimos 10 anos na governação municipal”, apontando a crítica a Ricardo Costa, atual líder da concelhia socialista, que anunciou querer ser candidato à Câmara Municipal.