Ricardo Costa garante revisão célere do PDM no próximo mandato e acusa PSD de incoerência

A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Guimarães está no centro do debate político. Ricardo Costa, candidato socialista à presidência da Câmara Municipal, garantiu que, caso seja eleito, dará prioridade à conclusão célere deste processo no início do próximo mandato.

© Afirmar Guimarães

“O PDM não é apenas uma peça técnica. É um documento político-estratégico que define a visão para o futuro de Guimarães nas próximas décadas. Não faz sentido aprovar um plano desta relevância no apagar das luzes de um mandato”, diz Ricardo Costa, em comunicado enviado às redações, frisando que a população deve ter a certeza de que o plano respeita o projeto sufragado nas urnas.

Para o candidato socialista, a revisão do PDM deve estar ligada a um novo ciclo político e à vontade popular. “Este é um instrumento que condiciona o desenvolvimento urbano, económico e social do concelho. Aprovar o PDM agora, sem o devido alinhamento político, seria retirar legitimidade democrática a um processo que tem de ser participado e transparente”, sublinha.

Ricardo Costa reforça que a ausência de consenso entre as forças políticas não pode ser ignorada. “A auscultação feita mostrou que não há convergência. Forçar uma aprovação precipitada seria um erro. Prefiro respeitar a democracia, ouvir os vimaranenses nas eleições e garantir que o PDM seja aprovado com a devida estabilidade política”.

Críticas ao PSD

O candidato socialista não poupou críticas ao PSD local, acusando o partido de incoerência e oportunismo. “O PSD votou contra a revisão do PDM no executivo municipal e já disse que votaria contra na Assembleia Municipal. Ou seja, rejeitam o documento em todas as instâncias, mas, em contrapartida, exigem uma sessão extraordinária apenas para votar contra. Isto é puro teatro político”, acusa.

“Esta atitude não passa de uma manobra de bloqueio e de um sinal claro de irresponsabilidade perante o futuro de Guimarães. O PSD quer a reunião, mas não quer o PDM; exige a votação, mas recusa a solução. É uma contradição gritante e uma demonstração de que estão mais preocupados com a confrontação do que com o desenvolvimento do concelho”, diz Ricardo Costa.

O candidato do PS assegura que, caso seja eleito, dará prioridade imediata à revisão do plano. “Comprometemo-nos a reabrir a discussão do PDM logo no início do próximo mandato. Isso significa duas coisas fundamentais: celeridade no processo, respeitando o trabalho já feito, e segurança jurídica e política, garantindo que nenhum direito agora contemplado será retirado”, promete.

Segundo Ricardo Costa, esse compromisso garante que as soluções técnicas já incluídas no documento serão preservadas, mas a decisão política final estará em sintonia com o executivo que os vimaranenses escolherem. “É assim que se respeita a democracia. Não com pressas artificiais, mas com responsabilidade e clareza”.

Para o PS, adiar a aprovação para depois das eleições não é um atraso injustificado, mas sim uma prova de respeito institucional. “O PDM tem de ser aprovado com a legitimidade plena que só resulta da conjugação entre o voto popular e a liderança do próximo executivo. Essa é a nossa visão e esse é o nosso compromisso com Guimarães”, declara Ricardo Costa.

O candidato volta a acentuar a diferença de atitude entre os dois partidos no final do comunicado: “Enquanto o PSD insiste em criar ruído e instabilidade, o Partido Socialista apresenta soluções, responsabilidade e transparência. O futuro de Guimarães merece decisões sérias, não manobras de teatro político.”

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