Ricardo Costa diz estranhar críticas do PSD em relação ao Metro Ligeiro de Superfície
O deputado socialista, e líder da concelhia de Guimarães do PS, Ricardo Costa, tem sido alvo de críticas por parte do PSD, por ter votado favoravelmente um projeto de lei apresentado pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, que compromete o Governo a proceder a estudos para a implementação da ligação ferroviária direta (Metro Ligeiro de Superfície) entre Braga e Guimarães.
Depois do deputado e líder da concelhia do PSD, Ricardo Araújo, ter vindo a terreiro criticar a posição de Ricardo Costa, a Coligação “Juntos por Guimarães” PSD-CDS/PP voltou a levantar o tema na última reunião municipal, com o vereador Bruno Fernandes, a questionar a posição do autarca Domingos Bragança perante o ocorrido, considerando “grave” o voto do deputado socialista na Assembleia da República, por entender que compromete a decisão de Guimarães de avançarv e concretizar o Metrobus (BRT-Bus Rapid Transit) de ligação a Braga.
Recorde-se que Domingos Bragança vem afirmando que defende o Metrobus, com a criação de uma via para que, no futuro, seja possível migrar para o Metro Ligeiro de Superfície, esta última opção defendida por Ricardo Costa.
Em declarações ao Mais Guimarães, o socialistas diz não entender as críticas por parte da oposição, garantindo que mantém “o que sempre defendeu”. “O meio de transporte articulador da mobilidade no interior do concelho de Guimarães e de ligação ao exterior deve ser o Metro. Dizemos Metro por contraste aos autocarros a que chamam de Metro bus (BRT).
“A mobilidade é uma pedra angular do desenvolvimento sustentado e da qualidade de vida que queremos para o nosso concelho. O Metro [Ligeiro de Superfície] é o meio de transporte-chave e articulador desta mobilidade. Este é um grande objetivo para o qual os primeiros passos devem ser dados no curto prazo. Um objetivo de que falei pela primeira vez em 2014”, disse ainda.
Ricardo Costa vê como boa solução de futuro, a criação de uma Área Metropolitana do Baixo Minho que envolva as CIM´s do Ave e do Cávado, uma estrutura que ombrearia com as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, quer no peso político, quer económico. Em 2020, Ricardo Costa destacava a importância da ligação ferroviária neste território.
“Nego-me a pensar pequeno, tenho consciência que são necessários estudos técnicos aprofundados e sei que estamos a pensar um projeto ousado com grandes dificuldades. A primeira é de credibilidade, o valor do investimento, outros por cinismo transvertido de seriedade e, outros ainda, por estarem sempre contra tudo o que seja inovação”. A segunda tem a ver com “a necessidade de conseguir consensos das forças políticas, sociais e económicas. A terceira será a do financiamento”, disse ainda.
Remeteu ainda para a Assembleia Municipal de Guimarães, datada de 23 de fevereiro deste ano, mais concretamente para a intervenção do deputado da coligação PSD-CDS/PP, César Teixeira, quando defendeu a requalificação da linha férrea até ao Porto, para encurtar tempos de viagem. “O BRT não nos pode fazer esquecer de uma linha [ferroviária] essencial e que não pode continuar como está. Este eixo é para nós essencial. Aliás, que sentido faz ir a Braga de BRT, gastar 45 minutos, para aí apanhar um comboio de alta velocidade com destino a Lisboa”?
Este é um tema que continua a marcar a agenda política local. Ricardo Costa diz que nada está comprometido quanto à solução de transporte para Guimarães e que sempre primou pela “coerência nas posições assumidas”, no que toca a esta matéria.
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