O CHARMIE é um robô móvel e autónomo que possui um braço manipulador e colunas, sendo capaz de realizar tarefas e prestar serviços em ambientes domésticos, hospitalares e interagir com o ser humano. O robô permite apoiar idosos ou pessoas com mobilidade reduzida a realizar tarefas básicas.

Como explicou Fernando Ribeiro, professor do Laboratório de Automação e Robótica da instituição minhota, o robô consegue ouvir e falar com as pessoas em inglês e pode transportar objetos e fazer tarefas, como apanhar objetos do chão, fazer o pequeno almoço e regar uma planta. Neste momento, o projeto está numa fase de programação de tarefas.

Tiago Ribeiro, estudante da Universidade do Minho, contou ao Mais Guimarães que a ideia começou com o trabalho de cinco alunos e dois professores em 2017, e o objetivo passa por “continuar com o projeto para ser um produto para o mercado.”

Para o estudante, “a imaginação acaba por ser o limite num robô tão genérico”. Vários alunos ligados à área da robótica utilizam o CHARMIE para fazerem os seus projetos de investigação, em que tentam implementar novas tarefas, como utilizar elevadores e máquinas de lavar loiça.

O CHARMIE conquistou a sétima posição da RoboCup no ano passado, realizada em Bordéus, em França, na primeira participação do projeto em competições. Tiago Ribeiro referiu que a equipa  já está a “preparar o material para a qualificação da RoboCup do próximo ano”, que terá lugar em Eindhoven, nos Países Baixos, em 2024. O objetivo passa por “alcançar algo mais”, apontou o estudante.

Apesar de “muitas horas e dias” serem investidas no projeto, o aluno da academia está “contente por estar numa fase em que consegue demonstrar a qualidade do robô e participar em campeonatos de robótica.”