RoboParty’2025: Mais de 400 alunos e 100 equipas na edição deste ano

A 17ª edição da RoboParty decorreu de 05 a 07 de março, na Universidade do Minho, em Guimarães e registou-se mais um sucesso, segundo a organização, composta pelo Laboratório de Automação e Robótica da Universidade do Minho e pela botnroll.com (spin-off da Universidade do Minho).

© UMinho

Esta edição contou com cerca de 400 jovens em 100 equipas inscritas, 10 vindas do Brasil, uma proveniente da China, e as restantes provenientes de todo o continente.

O balanço é sempre positivo, é sempre um sucesso porque os jovens saem sempre daqui com um sorriso nos lábios e com o robô que eles próprios construíram nas mãos”, disse Fernando Ribeiro, professor na UMinho. “Eles chegam aqui e em três dias aprendem a construir um robô, a parte eletrónica, a parte mecânica e programação, o ego deles fica no máximo e isso para nós vale muito”, acrescentou.

O evento assume importância, diz a organização, a vários níveis, tecnológico, educacional, quer mesmo pela idade jovem dos participantes e da importância para o seu futuro.
Começou com uma primeira formação sobre “construção da placa controladora e soldadura de componentes eletrónicos”, seguiu-se a entrega dos componentes eletrónicos e mecânicos para construção do Kit 100% Português e compatível com Arduino.

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“O robô construído foi o Bot’n Roll ONE A+ que é uma nova versão bastante melhorada quando comparado com a versão do ano anterior, e totalmente desenvolvido pela botnroll.com. Para além de possuir “encoders” nas rodas, já inclui o sensor de linha e permite a ligação de uma raspberry pi”, refere.
Posteriormente os participantes deram início à construção do robô e, em poucas horas este já estava montado pela maior parte das equipas. Os participantes puderam, em paralelo, desfrutar de algumas atividades lúdicas e desportivas como torneio de ténis de mesa, Peddy Paper, Tiro ao Arco, Treino Funcional, basquetebol, torneio de xadrez, entre outras.

No segundo dia, da parte da tarde os robôs já estavam programados, e decorreu o desafio robótico Fun Challenge, sempre renhido, onde cada robô tem de empurrar dezenas de bolas de ténis de mesa para o campo adversário, dependendo esta prova não apenas da performance do robô, mas também da destreza do participante.
No final, foi tirada uma foto a todos os robôs e decorreu a entrega dos prémios aos três primeiros classificados de todos os desafios robóticos.

Importa realçar que a RoboParty deu formação certificada a 46 professores, com 30 horas de formação, 1.2 unidades de crédito, através do Centro de Formação Francisco de Holanda.
Para além dos vários patrocinadores, destaca-se o empenho dos cerca de 70 voluntários alunos de Eletrónica Industrial, para além de cerca de 40 outros elementos na organização.

“Existe uma forte possibilidade de fazer uma Roboparty na China”

Fernando Ribeiro fala “numa forte possibilidade de fazer uma Roboparty na China”: “Eles querem muito, mas temos todo o apoio da maior universidade da China. Eles lá têm alunos desde o infantário com percurso académico fenomenal e se eles querem que façamos lá uma Roboparty, para nós será um orgulho enorme”.

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Uma iniciativa desta envergadura tem outros objetivos e resultados associados. “É eles conhecerem o nosso Campus, eles andam por aqui a conhecer a nossa universidade, o nosso espaço, os cursos de eletrónica industrial, de informática. É gratificante para nós todos os anos termos aqui mais de 400 pessoas”, referiu Fernando Ribeiro.

Confessa que já houve quem lançasse o desafio de optar por um maior espaço, mas a ideia não é essa: “Queremos ter proximidade com todas as equipas em ambiente familiar e todos os voluntários que estão aqui a trabalhar, que são alunos de eletrónica industrial, têm instruções de como lidar com cada participante, ao nível de interesse, de simpatia, de entreajuda”. “Ficam aqui muitas amizades para o futuro”, disse ainda.

Há, a cada ano que passa, cada vez mais jovens interessados em robótica. “Temos que perceber que a robótica é o futuro, assim como a Inteligência Artificial. Quanto mais cedo habituarmos as gerações a trabalhar com ela, melhor”.

Célia, uma docente vinda do Brasil, vai na mesma linha de pensamento. “O futuro está aqui, já participamos desde 2013 e há cada vez mais alunos interessados nesta área. “Saem daqui com outra capacidade e o intercâmbio é também muito importante”.

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