Rogério Matias, erro de casting?

Desde maio de 2022, Rogério Matias assumiu o cargo de Diretor Desportivo do Vitória Sport Clube, uma posição que prometia uma nova era após suceder Diogo Boa Alma. No entanto, a realidade tem sido marcada por uma série de decisões questionáveis e resultados desanimadores, especialmente na gestão da Equipa B.

© Joel Ferreira

Como Diretor Desportivo, Rogério Matias deveria ser responsável pela estratégia desportiva do clube, incluindo a contratação de jogadores e equipas técnicas, negociações de contratos, e o desenvolvimento de talentos da formação. Essencialmente, ser a figura que estabelece a visão de longo prazo para o futebol vitoriano, garantindo que o clube compete ao mais alto nível e de forma sustentável.

No entanto, o desempenho de Rogério Matias nestas áreas tem sido menos do que satisfatório, sendo a Equipa B o reflexo do seu trabalho no Vitória.
Sob a sua gestão, a Equipa B do Vitória sofreu uma descida desoladora para a IV Divisão Nacional na época 2022/2023 e mal se salvou da descida nesta temporada, acabando em um modesto 8º lugar a um ponto da descida aos distritais. Esta performance é um reflexo direto das decisões de contratação: dos 22 atletas contratados o impacto dos atletas na equipa ainda está por provar.

Além disso, Rogério Matias já contratou três equipas técnicas para a Equipa B, todas com resultados históricamente baixos. Isto não apenas sublinha uma falta de visão clara e estratégica, mas também um desperdício de recursos que poderia ser melhor investido no fortalecimento das equipas de formação.

Outra grande falha de Rogério Matias tem sido sua incapacidade em gerar receitas através de vendas estratégicas de jogadores, seja da equipa principal ou equipa B. O mercado de transferências é um componente vital para a saúde financeira e competitiva de qualquer clube, ainda mais neste mandato de António Miguel Cardoso onde as receitas fixas estão quase todas “hipotecadas”. A falta de habilidade de Rogério Matias para negociar vendas, excetuando as de jogadores em destaqu, demonstra uma desconexão preocupante com as dinâmicas do mercado futebolístico.

A administração de António Miguel Cardoso colocou muita fé em Rogério Matias, talvez esperando que o seu passado como jogador do clube e comentador desportivo trouxesse uma perspetiva fresca e inovadora. Contudo, tem ficado claro que a experiência em administração e conhecimento profundo de mercado são indispensáveis para o cargo, características que, até agora, Rogério Matias não demonstrou possuir.

Em suma, a gestão de Rogério Matias tem sido uma decepção. Não só pela falta de resultados, mas também pelo aparente descuido na formação de uma estratégia coesa que alavanque o Vitória Sport Clube a novos patamares.

É crucial que a direção reavalie sua aposta nesta liderança, sob o risco de comprometer o futuro do clube a médio e longo prazo.

Viva o Vitória!.

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