Rui Armindo Freitas é o novo presidente da Assembleia Municipal de Guimarães

Rui Armindo Freitas, candidato da coligação Juntos por Guimarães, foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Guimarães na primeira sessão do órgão autárquico, que se realizou na noite desta sexta-feira, 31 de outubro.

© Rui Armindo Freitas

A lista por si encabeçada obteve 62 votos, contra 46 da lista apresentada pelo Partido Socialista, liderada por Pedro Roque, registando-se ainda dois votos brancos, num total de 110 votantes em 111 possíveis.

Rui Armindo Freitas já tinha encabeçado a lista à Assembleia Municipal mais votada nas eleições autárquicas de 12 de outubro, confirmando agora essa vantagem ao assumir a presidência do órgão deliberativo.

A coligação Juntos por Guimarães conquistou, nas eleições de 12 de outubro, a maioria absoluta na Câmara Municipal, elegendo seis vereadores em onze, e agora assegura também a liderança da mesa da Assembleia Municipal. Não dispondo de maioria neste órgão, a coligação ficará dependente de acordos com outras bancadas ao longo do mandato para garantir a aprovação das principais decisões.

A eleição revelou ainda alguma quebra de disciplina de voto no seio socialista, uma vez que o PS elegeu 52 membros para a Assembleia Municipal, entre deputados e presidentes de junta de freguesia, mas a sua lista obteve (46) menos votos do que o esperado. Por outro lado, a candidatura da coligação Juntos por Guimarães recebeu 12 votos além do número dos seus eleitos, sinal de apoios provenientes de outras forças políticas.

A nova mesa da Assembleia Municipal será composta por Natália Fernandes como 1.ª secretária e Teresa Esquível como 2.ª secretária.

Rui Armindo Freitas apela ao diálogo e à participação cívica

Novo Presidente sublinha o papel da Assembleia como espaço nobre da democracia local e apela à mobilização dos vimaranenses, em especial dos jovens, para a vida pública.

Na sua primeira intervenção enquanto Presidente da Assembleia Municipal de Guimarães, Rui Armindo Freitas destacou o “profundo sentido de responsabilidade” com que assume o cargo e apelou ao reforço do diálogo, da participação cívica e da elevação democrática.

“É com profundo sentido de responsabilidade e com enorme respeito por Guimarães que tomo hoje a palavra nesta primeira sessão da nossa Assembleia Municipal”, afirmou Rui Armindo Freitas, lembrando que a lista que representou “foi a mais votada pelos vimaranenses”.
“Esse resultado é naturalmente um motivo de orgulho, mas antes de mais há um mandato de exigência e de serviço.”

O novo Presidente da Assembleia Municipal sublinhou que o resultado eleitoral representa uma confiança coletiva que deve ser “honrada com trabalho, abertura e espírito de diálogo”. Definiu a Assembleia como “um espaço plural”, onde diferentes sensibilidades políticas e visões devem coexistir com um propósito comum: servir Guimarães e os vimaranenses. “A confiança que os cidadãos depositaram em nós não nos pertence, pertence a Guimarães. É uma confiança que deve ser honrada com trabalho, abertura e espírito de diálogo”, declarou.

“Esta Assembleia é e continuará a ser um espaço plural, um lugar onde convivem diferentes sensibilidades políticas, visões e prioridades, mas partilham o objetivo comum de servir Guimarães e os vimaranenses.”

A Assembleia como espaço nobre da democracia local

Na sua intervenção, Rui Armindo Freitas descreveu a Assembleia Municipal como “um dos espaços mais nobres da democracia local”, lembrando que é neste órgão que se fiscaliza a atividade do executivo, se travam debates de ideias e se constroem pontes de entendimento que fazem avançar o concelho. “É aqui que se exercem as funções de fiscalização da atividade do executivo, é aqui que se travam os debates de ideias e se constroem as pontes de entendimento que fazem avançar a nossa terra. É também aqui que o contraditório e o combate político devem coexistir com o respeito e a elevação cívica.”

O presidente reiterou o compromisso de garantir que a Assembleia continue a ser “uma casa de diálogo firme, mas respeitoso”, um espaço de convicções fortes, temperadas pela responsabilidade e pelo sentido de bem comum.

Num discurso marcado pela valorização da cidadania ativa, Rui Armindo Freitas deixou um apelo direto aos vimaranenses para que se envolvam na vida democrática do concelho, participando nas sessões públicas e acompanhando a atividade dos seus representantes. “Esta Assembleia é de todos. É o vosso espaço. Participem nas sessões públicas, nos períodos destinados ao público, no acompanhamento da atividade dos vossos representantes. Questionem-nos, interpelem-nos, envolvam-se nas decisões que moldam o futuro do nosso concelho. A democracia não se esgota no voto, renova-se todos os dias com o envolvimento ativo de cada cidadão.”

O Presidente dirigiu ainda uma mensagem aos jovens de Guimarães, incentivando-os a participar nas várias dimensões da vida pública, das associações e coletividades às assembleias de freguesia e à própria Assembleia Municipal.

“É essencial que as novas gerações sintam que este espaço também lhes pertence. A política precisa da sua energia, da sua criatividade e da sua exigência”, afirmou.
“Nenhuma democracia é verdadeiramente forte se não for capaz de envolver os seus jovens. E nenhum concelho será verdadeiramente completo se não der voz à geração que o vai liderar amanhã.”

Rui Armindo Freitas manifestou o desejo de que a Assembleia seja também um espaço de aprendizagem e de inspiração democrática, onde os jovens possam ver o exemplo de diálogo e de serviço público.

No final da sua intervenção, o novo presidente dirigiu uma palavra de reconhecimento a todos os membros da Assembleia Municipal, de todas as forças políticas, valorizando o empenho e o tempo dedicados à causa pública. “Muitos abdicam do tempo pessoal e familiar para servir esta causa. E é justo sublinhar que esse gesto é uma das formas mais nobres de cidadania”, destacou.

Rui Armindo Freitas comprometeu-se a promover equilíbrio, transparência e respeito no exercício das funções da Assembleia, assegurando um funcionamento exemplar e participativo. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que Guimarães continue a ser um exemplo nacional de democracia local, participada, viva e respeitadora das diferenças. Que em Guimarães as diferenças não nos dividam, antes nos façam crescer.”

Encerrando o seu discurso, o presidente evocou a identidade histórica e cívica de Guimarães como “berço de Portugal”, mas também berço de uma forma muito própria de viver a cidadania, marcada pela coragem, pela entrega e pelo sentido de comunidade. “Guimarães é berço de Portugal, mas também berço de uma forma muito própria de viver a cidadania, com coragem, com entrega e com sentido de comunidade. Que esta Assembleia continue, sempre, a ser um reflexo desse espírito.”

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