Se o tempo permitir, voltam a haver concertos para se ver na manta
Ritual cultural que todos os anos marca a rentrée após a paragem de verão do CCVF, o Manta regressa ao jardim do espaço vimaranense a 8 e 9 de setembro, habitando-o, nesta edição, com música perfumada de inspiração africana.
Ritual cultural que todos os anos marca a rentrée após a paragem de verão do CCVF, o Manta regressa ao jardim do espaço vimaranense a 8 e 9 de setembro, habitando-o, nesta edição, com música perfumada de inspiração africana.
O festival abre com Tristany, a 8 de setembro, às 21h30. Rapper, músico, artista visual e relator atento e consciente das realidades sociais e quotidianas das periferias de Lisboa, Tristany pinta com a voz, ilustrando a realidade por ele vivida, através do seu olhar e do olhar das pessoas que o rodeiam. Olhos que falam sobre realidades inviabilizadas, marginalizadas e por vezes romantizadas. Através da sua arte multidisciplinar, expressa a sua maneira sentir, criando assim uma multiplicidade de ritmos, com sonoridades cruas e estímulos visuais diversificados, representando todas as culturas que se sente inserido.
Lura, uma das mais relevantes, reconhecidas e internacionais vozes da música lusófona, sobe a palco às 22h30. Antes de embarcar numa tournée que percorrerá alguns dos maiores teatros europeus, Lura estreia, no Manta, o mais recente espetáculo, “Theater Sessions”, que inclui canções emblemáticas da sua carreira, homenagem a artistas que admira e ainda temas de “Multicolor”, o seu novo álbum que tem edição mundial prevista para o final do verão. “Theater Sessions” é um espetáculo de celebração da cultura lusófona, pela inconfundível voz de uma artista cujo coração balança entre Portugal e Cabo Verde, unindo as duas culturas através da música.
Com mais de uma década de carreira e cinco álbuns de originais editados, Aline Frazão, um dos nomes mais sonantes da nova geração de músicos angolanos, dá-se a conhecer a Guimarães no dia seguinte, às 21h30. Cantora, compositora, guitarrista e produtora, estreou-se em 2011 com “Clave Bantu”. Seguiram-se “Movimento” (2013), “Insular” (2015) e “Dentro da Chuva” (2018), todos aclamados pela crítica especializada. O seu quinto e último álbum de originais, “Uma Música Angolana”, editado no ano passado, foi considerado como um dos melhores discos de 2022 pela imprensa portuguesa e é o mote para o seu concerto a solo no Manta 2023.
Considerada por muitos como a natural sucessora de Cesária Évora, Nancy Vieira é uma das mais reputadas artistas a explorarem no presente o imenso património musical de Cabo Verde. Tem a seu cargo fechar o festival e deverá trazer consigo o seu novo álbum, “Gente”, com edição marcada para o início de 2024. Nancy Vieira faz-se acompanhar pela sua banda habitual que integra alguns músicos que pertenciam ao grupo de Cesária Évora. “Gente” conta com produção de Amélia Muge, José Martins e de Nancy Vieira, contrapondo um desenvolvimento de encontros de ideias entre músicos de várias nacionalidades, géneros, idades e sentires.
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