O projeto, que contou com a participação da Universidade do Minho, da Universidade da Corunha (Espanha) e da Universidade de Liubliana (Eslovénia), teve uma duração de cerca de três anos e envolveu a criação e implementação de conteúdos formativos em três áreas estratégicas: Visão Computacional, Robótica e Ambientes Inteligentes, com foco na Internet das Coisas. Estes módulos visam dotar os alunos do EFP de competências alinhadas com as exigências da Indústria 5.0, das cidades inteligentes e das tecnologias autónomas.

A sessão contou com a presença de Celso Lima, diretor da escola anfitriã, Jorge Pereira, em representação da vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães, e Hernâni Gerós, vice-reitor da Universidade do Minho. Participaram ainda docentes, estudantes, investigadores e representantes institucionais dos parceiros envolvidos, bem como elementos de outros agrupamentos escolares e membros da comunidade.

Durante o evento — considerado um evento multiplicador — foram apresentados os principais resultados do projeto, testemunhos das equipas envolvidas, boas práticas pedagógicas e uma mostra de projetos desenvolvidos pelos alunos. O objetivo desta sessão foi também expandir o impacto do projeto para além da escola, envolvendo outros públicos e instituições externas.

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Dalila Durães, docente da Universidade do Minho, destacou o impacto formativo do AIM@VET: “Representa um avanço essencial na preparação dos jovens para os desafios tecnológicos, promovendo uma educação moderna e alinhada com a realidade digital europeia”. Referiu ainda que os 12 módulos desenvolvidos na Universidade do Minho foram testados na Escola Secundária de Caldas das Taipas e partilhados com alunos de outros países, permitindo feedback diversificado que contribuiu para a sua melhoria. Sobre o futuro, revelou que a equipa já submeteu uma nova candidatura ao Erasmus+ para explorar a IA generativa no ensino profissional: “É uma continuidade lógica, adaptando o projeto às mais recentes evoluções da inteligência artificial.”

Carla Abreu, coordenadora Erasmus+ da Escola Secundária de Caldas das Taipas, sublinhou a importância do projeto na transformação da atitude dos alunos: “Ao início houve resistência, receio de viajar, de comunicar em inglês, mas quando perceberam as oportunidades, tudo mudou”. Relatou ainda que alguns alunos, inicialmente desmotivados, ganharam entusiasmo e até criaram laços com colegas e professores de outros países: “Muitos nunca tinham saído das Taipas e agora já estiveram na Eslovénia; outros preparam-se para ir à Corunha. Criaram-se experiências marcantes e duradouras.”

Abraham Prieto, da Universidade da Corunha, reforçou esta dimensão humana e intercultural do projeto: “Foi uma oportunidade não só para levar a IA às escolas e apoiar a empregabilidade dos jovens, como também para construir pontes entre culturas e sociedades diferentes”. O projeto AIM@VET demonstrou como a cooperação internacional pode ser um motor poderoso na modernização do ensino profissional, proporcionando aos alunos novas ferramentas, experiências transformadoras e competências cruciais para enfrentar o futuro digital.