SILVARES, A NOVA CENTRALIDADE DE GUIMARÃES
Por Ricardo Jorge Castro.
por Ricardo Jorge Castro
Presidente da Junta de Freguesia de Silvares
Silvares, uma freguesia às portas da cidade que não acompanhou o crescimento de freguesias vizinhas; umas foram absorvidas pela cidade e outras, em nosso redor, desenvolveram os seus centros urbanos e transformaram-se em vilas (Pevidém, Ponte e Brito).
Durante as últimas décadas do Século XX, vários fatores – internos e externos – contribuíram para esse estado de subdesenvolvimento, entre quais destacaríamos os seguintes:
• Desde logo, o facto de Silvares ser uma freguesia historicamente rural, constituída por grandes Quintas Agrícolas, cujos proprietários sempre se negaram a vender ou a investiram nos anos de forte crescimento imobiliário;
• Enorme impacto, tiveram também os traçados das autoestradas A7 e A11 que, além de esquartejar a freguesia, criaram indefinição durante os largos anos em que foram alvo de estudo e, à posteriori, promoveram a especulação imobiliária que tornaram o terreno em Silvares só acessível a grandes investidores;
• Consequentemente, com um reduzido e disperso investimento habitacional – sem um único núcleo urbano (bairro) – o desenvolvimento do pequeno comércio foi ficando comprometido.
Então, com o virar do Século, começou a ser falada a denominada “Nova Centralidade de Silvares”, uma centralidade com cariz marcadamente comercial e de lazer, deixando de parte, mais uma vez, qualquer investimento de índole habitacional.
Por agora, o rosto da Nova Centralidade é o espaço comercial inaugurado em 2009 e a zona de lazer construída posteriormente, tudo isto em terrenos da antiga Quinta de Adão.
Entretanto, durante vários anos, a crise económica veio interromper o desenvolvimento deste projeto e, só agora, é que se vislumbra a sua verdadeira retoma.
Já em curso, encontra-se o empreendimento privado do Monte das Teixugueiras que, para além da criação de mais uma grande superfície comercial, irá disponibilizar uma verdadeira alternativa ao trânsito automóvel, com a ligação entre as rotundas do Pinheiro Manso e a Rotunda da Decathlon.
Como é sabido, por estes dias, vão também arrancar as obras do desnivelamento da rotunda da autoestrada, obra absolutamente estruturante, não só para a nossa freguesia mas essencialmente para o concelho.
Ainda a nível da mobilidade, irá arrancar, a breve prazo, uma outra obra com grande relevância para a nossa freguesia, com a criação de um novo acesso à freguesia de S. Martinho de Candoso, através da ligação entre a rotunda de Mouril (em frente à Renault) e a nova rotunda do Reboto.
Ainda no capítulo das infraestruturas viárias, entendemos como absolutamente necessária e estruturante a criação de uma ligação entre a rotunda localizada nas traseiras do Espaço Guimarães e a Rua da Gandra, por forma a retirar grande parte do trânsito automóvel da rotunda do Pinheiro e, simultaneamente, criar um acesso direto ao parque de lazer de Ardão que, em nosso entender, está “de costas voltadas” para metade da freguesia de Silvares. De salientar que este é um projeto que está em estudo e do qual esperamos um parecer favorável por parte do Município de Guimarães.
Por fim, no que toca a grandes obras, fazer referência a mais um grande empreendimento privado que nascerá em breve em Silvares (parte norte/nascente), onde está projetada uma área de pavilhões industrias, suportados pela criação de uma nova e também muito importante via que ligará a Rua da Gandra (com a criação de uma rotunda no cruzamento com a Rua da Costa) ao cruzamento da Rua do Corgo com a Rua de Santa Apolónia (traseiras da Mercedes).
Estas são, de facto, boas notícias não só para Silvares como também para todo o concelho de Guimarães mas, nunca será demais lembrar que estes próximos tempos, enquanto durarem as obras, serão tempos difíceis, de muitos incómodos e constrangimentos, principalmente para nós Silvarenses, a quem desde já peço e agradeço a melhor compreensão. Mas, nada faria sentido se estas grandes e estruturantes obras não garantissem um desenvolvimento equilibrado da freguesia, respeitando sempre a nossa identidade e não se traduzissem na melhoria de qualidade de vida dos nossos concidadãos. Sempre com esse objetivo em mente, e de forma articulada com a Câmara Municipal de Guimarães, estamos a trabalhar vários projetos, como sendo:
• Requalificação do Centro Cívico de Silvares, um projeto ambicioso que visa todo um reordenamento do eixo compreendido entre a atual Escola Social (rotunda Pinheiro Manso), passando pela zona envolvente à Igreja e Rua dos Cavalhais, até à atual Sede da Junta;
• Não menos importante, é o trabalho que está a ser desenvolvido na área social, para apoio às nossas crianças e idosos, designadamente com a criação de valências socias como a Creche, Centro de dia e Apoio Domiciliário, sem esquecer a Escola da Teixugueira que carece ainda de alguns melhoramentos;
• Numa fase posterior, colocar-se-á a necessidade de requalificação de outros arruamentos, nomeadamente os que estão ou vão ser envolvidos nas obras acima mencionadas e que, muito naturalmente, vão sair extremamente degradados, como são os casos das Ruas Padre António Ribeiro, da Igreja, Ponte Nova, Abílio Mendes, Capitão Salgueiro Maia, Carvalhais, Grandra e outra que venham a sair deterioradas em virtude das alternativas que, forçosamente, terão que ser agora pensadas e criadas;
• Simultaneamente, fazer a promoção da mobilidade suave, criar acessibilidades e zonas de lazer e devolver o Rio Ave às populações;
• Por fim, não obstante a freguesia apresentar cada vez mais um cariz essencialmente comercial/industrial, nunca poderemos perder de vista a promoção de habitação para que os nossos jovens se possam fixar na freguesia.
Silvares ganha, assim, um novo e irreversível fulgor e será muito em
breve absorvida pela cidade, fazendo a ligação desta ao Rio Ave.
Chegou a hora de Silvares se afirmar como a “Nova Centralidade de
Guimarães”
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