Simplesmente Guimarães

Há alguns dias, alguém em Lisboa, questionava-me sobre a importância de Guimarães no País. Reconheci que todos exageram quando falam das suas terras, admitindo que são mais ou menos banais no contexto nacional e europeu. Sem superficialidades, optei por uma resposta concisa, mas contundente. Aqui fica um resumo do que disse.

Ricardo Costa

Guimarães é um dos grandes e mais desenvolvidos concelhos do país. No contexto da Europa somos um Município de média dimensão, aberto ao mundo e ao futuro. Estamos na origem da independência de Portugal. O País tem aqui as suas raízes e o seu berço.

Somos mais de 156 mil habitantes em 48 freguesias, ocupando o 14º lugar entre os 308 municípios portugueses. Carateriza-nos uma grande capacidade de trabalho, própria das gentes desta região em que estamos. Os nossos empresários têm visão e uma notável capacidade de resiliência e de inovação. O nosso concelho é dos que mais exportam no País, ocupando a 4º posição no Norte.

Guimarães foi Capital Europeia da Cultura em 2012 e Cidade Europeia do Desporto em 2013. O nosso Centro Histórico é Património Cultural da Humanidade da UNESCO desde 2001.

A Universidade do Minho (polo de Guimarães) dinamiza diversos centros de investigação que desempenham um papel determinante na inovação da economia, além do IPCA que tem também um polo no nosso concelho e da UNU – Universidade das Nações Unidas que desenvolve em Guimarães um trabalho meritório na área da investigação ou o desenvolvimento científico do I3B no AvePark.

O mundo do associativismo cultural, desportivo, recreativo e de solidariedade social é pujante e exemplar. O nosso Vitória é um dos mais fortes clubes nacionais e o Moreirense um dos melhores exemplos do nosso bairrismo, partindo de uma freguesia para o futebol profissional.

Além de tudo isto, temos uma dinâmica económica e industrial policêntrica em que a Cidade desempenha uma função aglutinadora.

Ao olhar para Guimarães em três tempos – passado, presente e futuro – e nas reflexões que sempre me merece, concretamente em relação à nossa história, lembrei a Batalha de São Mamede de 24 de junho de 1128. Em 2028 completam-se os 900 anos deste feito histórico, que com a vitória de D. Afonso Henriques, abriu as portas da fundação e independência de Portugal, reconhecida com o Tratado de Zamora 15 anos depois, ou seja, em 1143.

Muito provavelmente somos o concelho do país em que as pessoas se sentem mais unidas por valores identitários comuns. Todos sabemos que ser Vimaranense é especial.

Não. Não o disse ao meu interlocutor, mas sei que temos ainda muitos problemas à espera de solução. Uns são semelhantes aos do resto do país. Outros são específicos e é imperioso resolver. Uns são comuns a todo o território. Outros são específicos de grupos sociais.

Noutra altura, abordaremos com profundidade este tema.

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