Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães: “Não há bem-estar animal no CROA”

Reunião do executivo municipal ficou marcada pela intervenção de duas cidadãs vimaranenses – Isabel Rodrigues e Cátia Martins – que indagaram Domingos Bragança sobre as condições do Centro de Recolha Oficial Animal de Guimarães.

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A reunião do executivo municipal ficou marcada pela intervenção de duas cidadãs vimaranenses – Isabel Rodrigues e Cátia Martins – que indagaram Domingos Bragança sobre as condições do Centro de Recolha Oficial Animal de Guimarães (CROA).

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“Não há bem-estar animal no CROA”, referiu Isabel Rodrigues, membro da Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães (SPAG), que diz ter acompanhado de perto a realidade vivida naquele centro onde falta “espaço, luz natural e também socialização”.

Lembrando as recentes iniciativas que a SPAG tem levado a cabo no CROA, aos sábados de manhã, nas quais um grupo de voluntários se junta para passear os animais, a representante explicou que são cada vez mais as pessoas que se mobilizam para esta causa. Na verdade, pelo segundo sábado consecutivo, conseguiram reunir 50 voluntários.

Isabel Rodrigues diz “não acreditar que as obras arranquem este ano” e, por isso, propôs um conjunto de medidas para atenuar aquilo que classifica como um “desespero diário dos animais”. Sugeriu o aumento da autonomia dos voluntários, através do alargamento do horário de voluntariado para que os animais possam ter mais companhia, bem como a definição de um dia por mês para promoção de adoções responsáveis. Os quatro parques exteriores do CROA foi também um dos assuntos abordados. A voluntária sugere a divisão em parcelas para que os animais possam ter a possibilidade de passar mais tempo no exterior.

Por último, Isabel Rodrigues elenca que é necessário acompanhar as adoções e levar a cabo visitas para garantir o bem-estar dos animais. Com a consciência de que os recursos humanos no CROA são escassos, Isabel Rodrigues também mostrou a disponibilidade dos voluntários para esse acompanhamento.

Cátia Martins foi uma das primeiras pessoas a responder ao apelo da SPAG. A voluntária lembrou que “o que se faz no CROA não é apenas uma terapia para os animais, mas também para as pessoas que interagem com eles”.

O canil está, segundo a direção técnica, a “funcionar bem e é dos poucos que abre ao voluntariado, por isso significa que há uma abertura do CROA a todos”. Quem o garante é Domingos Bragança que acredita que “ninguém está a faltar à verdade, mas pode haver diferentes interpretações”. Para o presidente da Câmara, é importante “dialogar e que as voluntárias do CROA reúnam com a vereadora Sofia Ferreira e com a direção técnica”.

Domingos Bragança explica que não está preocupado com a situação “porque a direção técnica reporta um bom canil. Preocupa-me, porque o projeto base supera um milhão de euros”.  O presidente da Câmara Municipal pediu a revisão do projeto de forma a baixar o valor, “sem pôr em causa a qualidade da ampliação do canil”. “Os preços bases das obras, com a situação pandémica e com a guerra, começam a dobrar o custo”, justifica. Depois do projeto aprovado, explicou, abre-se concurso e “os concursos normalmente ficam desertos, por isso não têm prazos”.

Para Bruno Fernandes, vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães, a questão do CROA demonstra “a postura do município de demorar tempo demais a resolver aqueles que são problemas importantes para a qualidade de vida dos cidadãos”. Tratando-se de um projeto “tão simples como ampliar o canil não parece razoável que esse tempo seja tão longo”, afirma.

Em setembro de 2019, a vice-presidente Adelina Pinto anunciou que o CROA seria alvo de obras de forma a duplicar o número de celas, passando de 50 para 100. Em janeiro, numa reunião de Câmara, Vânia Dias da Silva lembrou que, em 2020, Domingos Bragança anunciou o alargamento das obras do CROA. Nesse mesmo dia, o presidente da Câmara informou que “o projeto está pronto para ir para revisão. Depois da revisão abre-se o concurso”. Comprometendo-se com o início das obras até ao final do ano, disse “não ser possível” anunciar um projeto, tal como fez em 2020, e a obra iniciar-se passado meio ano. “Há muitas justificações imprevisíveis que podem fazer atrasar um projeto”, frisou.

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