A SPAG, Sociedade Protetora dos Animais de Guimarães, acusa o município de se ter apropriado da ideia da contrução de casinhas para abrigar os gatos pertencentes às colónias do município, e de não ter envolvido a associação.
Numa publicação nas suas redes sociais, a SPAG diz que a luta da associação pela colocação de abrigos para os gatos das colónias já tem alguns anos, e que, para tentar responder a esta lacuna, os voluntários da Helpet/SPAG elaboraram um projeto de casinhas para abrigar os gatos pertencentes às colónias do município.
Depois de muitas tentativas para o projeto avançar, contam, sugestões de colaboração com o CRO e entidades públicas, “não obtivemos nenhuma resposta, sentindo até que o projeto foi desvalorizado”.
Em maio de 2023, “foi-nos pedido pelo CRO – Centro de Recolha Oficial de Guimarães, a planta do projeto, a qual foi enviada com prontidão. Voltámos a acreditar e aguardámos que nos contactassem para uma possível colaboração. Nunca mais obtivemos respostas, nem indícios de interesse em seguir em frente com o projeto”.
Os voluntários da SPAG dizem terem ficado espantados “quando vemos o nosso projeto realizado, colocado no Largo dos Laranjais e inaugurado na passada sexta-feira ao abrigo do Dia do Animal. Desconhecíamos por completo a intenção de concretização das casinhas, a sua efetiva realização e, sequer, a sua inauguração. Fomos apanhados completamente desprevenidos”, pode ler-se no comunicado tornado público.
© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
A SPAG lembra ser uma associação, “feita unicamente por voluntários, que entre vidas e trabalhos, dão o que têm e o que não têm para ajudar os animais que deviam ser responsabilidade do município, desdobramo-nos em mil para auxiliar as centenas de casos que nos vêm parar às mãos e, mesmo assim, temos um município que não valoriza isso e não respeita o trabalho sem qualquer tipo de remuneração de outros, escondendo-o e tomando os louros do mesmo! Isto é inaceitável, não podemos compactuar com isto!”, acrescentam.
A associação de defesa dos animais lamenta ainda não ter tido qualquer tipo de resposta a um e-mail enviado ao município, o que, acrescentam, “demonstra o descaso e desconsideração que os responsáveis por este município têm pelo trabalho dos voluntários, que se dedicam de corpo e alma a esta causa e pelos animais que têm a responsabilidade de proteger”.
A SPAG diz que os voluntários ficaram “imensamente felizes que os gatinhos das colónias estejam cada mais próximos de ter um abrigo”, mas que, “as coisas não se fazem assim”.