TAIPAS: UMA VILA DO FUTURO
CONSTANTINO VEIGA Junta de Freguesia de Caldas das Taipas
por CONSTANTINO VEIGA
Localizada entre dois polos urbanos de grande importância regional e nacional, a vila de Caldas das Taipas é uma vila urbana, que ao longo dos anos tem tido uma influência acentuada no crescimento do concelho de Guimarães.
A sua ascensão a Vila foi reconhecida em 19 de junho de 1940 por todos os presidentes de junta das freguesias que fazem parte da zona norte do concelho num total de vinte e duas e que, já nessa época, reconheceram as potencialidades desta terra. A importância da sua localização geográfica, bem como a riqueza natural, as termas, o rio, a cutelaria e toda a sua paisagem verde, fizeram e com que esta agora vila assumisse a centralidade de toda a zona norte do concelho.
De forma natural, a Vila foi crescendo e assumindo uma posição preponderante no concelho, com ela cresceram também as responsabilidades e a necessidade de investimento por parte da Câmara Municipal de Guimarães numa terra que se assumia como o ex-libris do concelho.
Contudo, e assombrados pelos movimentos independentistas dos anos 80 que proliferaram por outras terras criando novos concelhos, a CMG decidiu desinvestir em Caldas das Taipas, condenando o que foi outrora uma vila pujante e próspera a um definhamento lento e progressivo que arrastou consigo o património natural e público da Vila.
Foram décadas marcadas pelo desinvestimento por parte da câmara municipal. O declínio da estrutura termal, e do rio levou a que o comércio, fosse definhando, as unidades hoteleiras foram morrendo, até que Caldas das Taipas deixou de ser a prestigiada estância turística que outrora fora.
Hoje a Vila de Caldas das Taipas, é aquilo que as políticas municipais assim quiseram que ela fosse. Uma Vila a precisar de modernização do seu centro cívico, do seu rio, e de toda a zona envolvente.
Mas a história de Caldas das Taipas também se faz das pessoas que, independentemente dos constrangimentos, conseguiram fazer desta uma terra distinta. Somos a capital da cutelaria, o principal polo produtos de cutelaria de mesa. Os artigos aqui produzidos são vendidos em todo o mundo.
As Taipas são hoje, como no passado, um importante polo dinamizador comercial, industrial e económico, que todos os anos contribui com cerca de três milhões de euros em impostos directos e indirectos para o orçamento camarário. É por isso legítimo exigir ver parte desses impostos investidos na vila, de forma pensada e articulada com as autoridades locais. Seja na criação de infraestruturas básicas e essenciais ao bem-estar dos cidadãos e das empresas, seja na dinamização das riquezas naturais. O Futuro passará sempre com investimento adequado à realidade desta Vila, feito a pensar em todos os taipenses e para todos os taipenses.
É, pois, chegada a altura, de dar o salto no sentido do desenvolvimento há muito reclamado pela junta de freguesia. Queremos uma Vila melhor, onde todos possam beneficiar de toda a riqueza natural, dos seus serviços e com isso tornar Guimarães um concelho mais forte, mais justo e mais solidário.
Nota biográfica.
Constantino Veiga, eleito secretário nas eleições 2001, é presidente da junta de freguesia desde 2005.
Natural de Braga, residente na freguesia de Caldelas desde 95 e nascido a 24 de junho de 1961, é professor de Educação Visual do 2º ciclo na escola básica de Ronfe.
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