Teve início um ciclo de sessões de apresentação do Plano de Gestão do Centro Histórico e da Zona de Couros

Câmara quer criar uma associação de moradores.

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Realizou-se na quinta-feira, às 18h00, no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento, a primeira sessão da Discussão Pública do Plano de Gestão 2021-2026 do Centro Histórico de Guimarães e zona de Couros, promovida pela Câmara Municipal. A sessão inaugural foi dedicada ao tema “credibilidade”.

O tema da sessão foi explicado logo nos primeiros momentos da intervenção do vereador com o pelouro do Urbanismo, Seara de Sá. Explica o vereador que é preciso assegurar que o bem a classificar tem integridade e autenticidade, isto é, que os valores que o constituem se mantêm e não foram desvirtuados. “O que se classifica é o bem e os valores”, lembrou Seara de Sá.

Para atestar esta integridade e autenticidade a Câmara terá que se socorrer de parceiros externos que assegurem credibilidade ao que é afirmado. “Estou convencido que conseguiremos atestar”, assegura o vereador. Seara de Sá, contudo, avisa que devemos estar focados não só no momento da classificação, mas no que se vai fazer a seguir para legar o bem a novas gerações.

“Este património classificado é quase a cidade inteira”, sublinha o vereador, vincando a importância deste projeto para a cidade. Seara de Sá já tinha chamado à atenção para a oportunidade que constitui a discussão deste Plano para a reflexão “sobre a cidade que queremos ter daqui a 20 anos” e voltou a vincar a necessidade de se refletir sobre a capacidade de resiliência da cidade às alterações climáticas e sobre a adaptação às novas formas de mobilidade.

Maria José Meireles, membro do conselho científico da Sociedade Martins Sarmento, na sua intervenção afirmou que um dos propósitos do Plano de Gestão deve ser o de criar uma associação de moradores para esse território. Esta associação terá como objeto a defesa dos interesses económicos, técnicos e legais dos moradores.

A autora do livro, recentemente publicado, “Permanências e alterações – o património urbano de Guimarães nos séculos XIX-XX”, é de opinião que o Plano deve contemplar um “relatório bienal das condições de habitabilidade do centro histórico e de Couros”, e reforçar o “estudo das artes, técnicas e organizações ancestrais locais”

Isabel Fernandes, diretora do Paço dos Duques e do Museu Alberto Sampaio convidou os vimaranenses que residem eles na cidade ou no restante território, a participarem neste processo.

A diretora regional da Cultura do Norte, Laura Castro, sublinhou o “lado dinâmico” deste Plano de Gestão. Laura Castro destacou o facto de se estar a alargar a área classificada quando, em outros locais, há “dúvidas sobre a permanência das classificações”.

O Plano de Gestão do Centro Histórico e Zona de Couros 2021-2026, está sob consulta pública até ao final de maio.

As próximas, sessões, promovidas pela Câmara Municipal, decorrerão sempre às 18h00 e terão lugar a 13 de maio, no Instituto de Design, sob o tema “competências”, no Cineclube de Guimarães, sob o tema “comunicação”, a 22 de maio, no Convívio, sob o tema “comunidade”, e a 27 de maio, na Assembleia de Guimarães, sob o tema “conservação.

A 18 de maio, também às 18h00, há um debate organizado pela Associação Artística Vimaranense, na sua sede, com a presença do arquitecto Seara de Sá, vereador do Urbanismo, Francisco Teixeira, professor e Paulo Castelo Branco, arquiteto.

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