Tiago Gil Oliveira vence o Prémio Pfizer 2022

O projeto tem como um dos grandes focos, a tentativa de perceber quais são as regiões do cérebro mais suscetíveis ou mais resistentes a doenças neurodegenerativas.

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O investigador do ICVS da Escola de Medicina, Tiago Gil Oliveira, foi distinguido com o prémio Pfizer 2022, atribuído pela farmacêutica e pela Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. A verba de 30 mil euros permite que o investigador continue a desenvolver investigação na área das doenças neurodegenerativas, mais especificamente a doença de Alzheimer.

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O projeto tem como um dos grandes focos, a tentativa de perceber quais são as regiões do cérebro mais suscetíveis ou mais resistentes a doenças neurodegenerativas.

“Neste trabalho, que foi premiado, utilizámos uma metodologia em que tirámos partido de uma colaboração de diferentes centros que se dedicam à recolha neuropatológica dos cérebros já depois dos doentes falecerem. Fazemos um trabalho de pesquisa no passado destes doentes, enquanto estavam vivos, de forma a avaliar as ressonâncias magnéticas cerebrais e também outros aspetos da apresentação clínica destes doentes”, explica Tiago Gil Oliveira.

O objetivo da investigação em causa é “utilizar estas informações e comparar quais é que são as características clínicas que os pacientes apresentam, enquanto estão vivos, e que se relacionam com a da doença de Alzheimer”, destaca o jovem investigador.

A comparação estende-se “a outras condições neuropatológicas, como a tauopatia primária relacionada com a idade”, conseguindo assim encontrar “aspetos diferenciadores” ao nível do diagnóstico, o que poderá ter impacto num futuro próximo na implementação de estratégias de tratamento mais específicas e direcionadas a cada doente.

Quanto ao prémio que conta com uma vasta história a nível nacional e que contém também um enorme prestígio nas ciências biomédicas em Portugal, o investigador realça o “enorme orgulho” desta distinção.

“É um trabalho de muitos anos, de colaboração a nível internacional e é um esforço bastante grande de ser médico-cientista. Devo dizer que é um grande sacrifício, a vários níveis, para a nossa equipa conjugar a prática médica e a investigação, mas este prémio é uma motivação para continuarmos a fazer o nosso trabalho”, acrescenta o investigador.

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