Torcato Ribeiro: “A Câmara habituou-nos da dizer muito e a realizar pouco”

Torcato Ribeiro considerou, no seu discurso perante os deputados, que os textos provisionais que a Câmara submeteu à votação da Assembleia espelham a “visão do PS e apenas do PS”, logo, considerou “normal e expectável, que colha apenas o voto favorável do autor”.

Torcato Ribeiro barra

A CDU, através de Torcato Ribeiro, justificou também o voto contra o Plano e Orçamento do Município para 2022 na última Assembleia Municipal, realizada nos dias 29 e 30 de dezembro.

Torcato Ribeiro considerou, no seu discurso perante os deputados, que os textos provisionais que a Câmara submeteu à votação da Assembleia espelham a “visão do PS e apenas do PS”, logo, considerou “normal e expectável, que colha apenas o voto favorável do autor”.

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O plano e orçamento representa, para o deputado, a “continuidade da política municipal do PS, acentuando pontos de vista e estratégias que a CDU tem criticado e reprovado”.

Num discurso com forte incidência sobre a questão habitacional, Torcato Ribeiro diz que o PS “insiste num modelo passado”, que consiste em “dar primazia ao mercado em detrimento de uma iniciativa que permita o lançamento de uma audaz política municipal, que rompa com o modo de submissão à iniciativa privada e à especulação imobiliária”.

A questão habitacional é “uma das questões centrais, responsável pela perda de população do concelho, “principalmente jovem, que não encontra habitação para arrendamento, rendas compatíveis com o nível salarial em vigor”, disse.

“A Câmara habituou-nos da dizer muito e a realizar pouco, e os documentos provisionais são mais do mesmo” insistiu Torcato Ribeiro.

Para o deputado comunista, os “jovens e os menos jovens que procuram casa não podem esperar e por isso fogem de Guimarães, como os sensos confirmam”, e o PS, em vez de “suster e inverter esta marcha para o abismo”, limita-se a “deixar que aconteça, em vez de intervir, fazendo acontecer”.

No capitulo do robustecimento do tecido económico do município, Torcato Ribeiro disse que continua “perigosamente afetado pelo peso de atividades onde há prática de baixos salários”, e a Câmara propõe a “postura de Pilatos, assumindo o papel de observador”.

Considerando que a Câmara possa ter “poucas competências” nesta matéria, afirmou que “são mal aproveitadas ou mesmo desaproveitadas”, dando como exemplo o facto de criar condições para atrair o investimento, “infraestruturando terrenos que, da noite para o dia, ficam sobrevalorizados” e depois “deixa, as ditas forças do mercado, apropriarem-se da mais valia criada para benefício próprio sem impor condicionantes”.

Desta forma, o deputado acrescenta que são “desperdiçadas oportunidades para condicionar rendas, para criar emprego de qualidade, melhor remunerado e mais estável”.

Por fim, Torcato Ribeiro questionou as propostas de construção de esculturas da batalha de S. Mamede, de Vimara Peres e de Afonso Henriques a cavalo, inscritas no Plano, e orçamentadas em 200 mil euros cada.

“Eu não sei em que material isto vai ser fabricado, produzido”, disse o deputado, para além de “nós já termos um monumento da batalha de S. Mamede, em S. Torcato, e três esculturas do D. Afonso Henriques, (está bem, não temos uma a cavalo), mas podemos aguardar pacientemente que surja uma outra proposta no próximo Plano e Orçamento, com uma outra versão do D. Afonso Henriques”, ironizou.

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