Trabalhadoras de limpeza do Hospital de Guimarães aderem em massa à greve
Sindicato diz que não será possível cumprir serviços mínimos, apesar da garantia dada pela Salimpa à administração do hospital.

As trabalhadoras da limpeza do Hospital Senhora da Oliveira estão, esta quarta-feira, em greve, desde a meia-noite e por 24 horas. Queixam-se do incumprimento do contrato coletivo de trabalho pela empresa Salimpa, nomeadamente de não lhes serem entregues recibos de vencimento, como forma de encobrir a falta de pagamento de horas, da falta de majoração de férias e de não lhes ser dado o tempo de assistência aos filhos. Segundo Carla Pinheiro, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), responsável pelo setor da limpeza, “em 70 trabalhadoras estão cinco a trabalhar”. Para sexta-feira, dia 7, está convocada uma greve, pelos mesmos motivos, no Hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia.
As trabalhadoras queixam-se que, algumas delas não recebem os recibos de vencimento há mais de um ano. “Não entregam porque cortam dias e horas que são devidas e, sem o recibo, as trabalhadoras não podem reclamar”, acusa Carla Pinheiro. As funcionárias reclamam, entre outros períodos, o pagamento das horas passadas em plenários. “Não há dúvida que esta greve está a ter um grande impacto no hospital, porque com cinco funcionárias de limpeza não é possível cumprir serviços mínimos”, afirma Carla Pinheiro. A administração da ULS Alto Ave, contudo, disse à Lusa “a empresa subcontratada garantiu os serviços mínimos”. O STAD, porém, nega ter recebido qualquer listagem de serviços mínimos, como está determinada na lei e, “como, de resto, já aconteceu para Gaia”. As funcionárias reclamam ainda a majoração de férias e o tempo para a assistência aos filhos, que, dizem, lhes tem sido negado.
O STAD esteve em negociações com a empresa Sá Limpa, durante o mês de novembro e, segundo o sindicato, “houve uma promessa de resolução do problema até ao final de 2024, o que não aconteceu”. O STAD alega que, durante estas negociações, suspendeu uma greve já convocada nos hospitais do Sul – Capuchos, Júlio de Matos, Barreiro e Beatriz Ângelo – onde a Sá Limpa também é responsável pela limpeza, e onde os protestos, agora, poderão recomeçar.
Sindicato diz que a administração do hospital devia usar a sua “força” para ajudar a resolver o problema
O STAD diz que a administração da ULS Alto Ave “tem culpa porque não usa a sua força para obrigar a Sá Limpa a cumprir o contrato”. Para esta dirigente sindical, “o problema é que estas empresas ganham concursos públicos pelo valor mínimo e depois quem paga são as trabalhadoras”.
A greve começou à meia-noite e prolonga-se por 24 horas. Durante esta manhã, decorre uma concentração à porta do hospital. Para sexta-feira, dia 7, está convocada uma greve, nos mesmos moldes e pelas mesmas razões, no Hospital de Gaia. Até ao momento da publicação desta notícia não foi ainda possível obter a posição da administração da Sá Limpa.
Pelo jornalista Rui Dias
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