Trabalhadores da Vimágua “impacientes” pedem “melhores condições de trabalho”

António Matos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local refere que os trabalhadores da Vimágua queixam-se de “salários baixos”, acrescentando que “o grosso de trabalhadores da empresa estão a ser pagos com o salário mínimo”.

Vimagua Greve barra

Associando-se à greve da função pública, os trabalhadores da Vimágua manifestaram-se pela primeira vez à porta da empresa na passada sexta-feira, dia 12, reivindicando a “melhoria salarial e também melhores condições de trabalho” na empresa.

© Eliseu Sampaio/Mais Guimarães

António Matos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local refere que os trabalhadores da Vimágua queixam-se de “salários baixos”, acrescentando que “o grosso de trabalhadores da empresa estão a ser pagos com o salário mínimo”. O dirigente fala também da “promessa do administrador da Vimágua da celebração de um acordo”, cuja resposta “está a tardar”. Um acordo que “estaria mais ou menos alinhavado, mas ainda não está finalizado”, diz.

Perante esta situação, os trabalhadores sentem-se “impacientes”, porque “é muito desmotivante, por exemplo, ter aqui um trabalhador qualificado, há 10, 15, 20 anos, a ganhar o salário mínimo e vem um trabalhador, no primeiro mês, a ganhar o mesmo”, explica António Matos.

Outra das reivindicações prende-se com o suplemento de insalubridade e penosidade, que abrange os trabalhadores do saneamento, entre outros, e que, embora previsto no Orçamento de Estado de 2021, “não está a ser pago pela Vimágua”. O dirigente estranha “até porque os trabalhadores da Câmara associados ao saneamento, dois ou três, estão a recebê-lo”. Na Câmara Municipal há atualmente 148 trabalhadores, confirmou o Mais Guimarães, a receber o suplemento de insalubridade e penosidade.

“Proposta está a ser preparada e será apresentada ao sindicato até ao final do ano”

Armindo Costa e Silva

Contactado pelo Mais Guimarães, Armindo Costa e Silva, presidente do Conselho de Administração da Vimágua – Empresa de Água e Saneamento de Guimarães e Vizela, diz que houve “há uns meses” essa reunião com os dirigentes da STAL, e que a administração “ouviu com atenção” as reinvindicações dos trabalhadores e que levou ao Conselho de Administração a intenção de elaborar um “Acordo de Empresa”, uma proposta que, conta “foi aprovada por unanimidade”.

Segundo Armindo Costa e Silva não foi ainda possível fechar a proposta da administração mas isso acontecerá em breve, “ainda neste mês de novembro, ou o mais tardar até ao final do ano”. O acordo, segundo Costa e Silva, prevê uma “melhoria das condições de trabalho”, e também aborda a questão do suplemento de insalubridade e penosidade.

Armindo Costa e Silva reforça que os trabalhadores da Vimágua são “o seu maior ativo”, e que, nos últimos meses, foram tomadas algumas medidas na empresa para melhorar as condições de trabalho, como o transporte dos colaboradores da cidade para o novo Armazém/Oficina na freguesia de Aldão, a disponibilização de toalhas para banhos diários, a criação dos gabinetes para a medicina no trabalho, ou o reforço dos equipamentos da cantina.

Quanto à melhoria salarial, o presidente de Conselho de Administração lembra que a Vimágua é uma empresa intermunicipal, que abrange os concelhos de Guimarães e Vizela, e as decisões têm de ser concertadas. Faremos “todos os esforços dentro do que é possível” para melhorarmos as condições dos nossos colaboradores, garantiu Armindo Costa e Silva. A Vimágua tem, atualmente, 213 trabalhadores.

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