Transição digital e intervenções nas instalações entre as estratégias da Tempo Livre até 2027

A empresa municipal Tempo Livre apresentou, no dia da inauguração da Nave António Magalhães, o seu plano estratégico entre 2024 e 2027. No total, a régie-cooperativa apresentou cinco eixos, 21 objetivos estratégicos e 112 macro atividades para o próximo triénio.

© Eliseu Sampaio/ Mais Guimarães

Na cerimónia de apresentação, Amadeu Portilha, presidente da Tempo Livre, explicou que “ao fim de 25 anos (da empresa municipal) decidimos parar e refletir. Fizemos coisas extraordinárias, mas também temos de parar e pensar e decidimos fazer isso não apenas com recurso internos, mas também com olhar sobre a organização.”

Para a elaboração do plano estratégico, a régie-cooperativa procurou perceber as tendências que estão a ser alteradas no desporto, nos eventos e no investimento. Na vertente desportiva, Amadeu Portilha apontou que “o período pós-covid mostrou que as pessoas dão mais importância à saúde e ao bem-estar”, houve uma grande repercussão no desporto federado, que aumentou muito, e surge uma crescente digitalização do fenómeno desportivo, em que a atividade física se faz através de conteúdos digitais”.

Nesse mesmo estudo, o dirigente da empresa municipal deparou-se com um desafio ao nível dos eventos: “Há uma crescente bipolarização entre Lisboa e Porto em grandes eventos”, onde apontou que grande parte dos espetáculos têm lugar nessas duas grandes cidades. Relativamente ao investimento, Amadeu Portilha deparou-se com “uma crescente destaque para o investimento social privado”.

A Tempo Livre pretende “ser reconhecida como uma empresa de referência nacional e europeia na promoção do desporto, da atividade física, da saúde e do lazer”, pode ler-se no documento oficial do plano estratégico.

Para isso, a empresa municipal elencou como um dos objetivos a transição digital, em que quer “dotar a empresa dos recursos e ferramentas digitais adequadas”, nomeadamente automatizar processos para aumentar a eficiência operacional e reduzir custos, fortalecer a cibersegurança nas plataformas da empresa e melhorar a experiência do utente.

© Eliseu Sampaio/ Mais Guimarães

Um dos eixos em que o plano estratégico assenta é na eficiência dos projetos desenvolvidos pela Tempo Livre, tal como modernizar as instalações para “manter a competitividade e aumentar a sustentabilidade”, como indica o mesmo documento, diversificar as fontes de receita e financiamento através da criação de novos modelos de negócio e formar agentes e profissionais do desportivos.

Outro dos objetivos passa pela consolidação da empresa na comunidade e melhorar o seu reconhecimento a nível nacional, em que a régie-cooperativa pretende “aumentar os níveis da prática de
atividade física e desportiva na comunidade local” e ainda “definir uma estratégia que considere o reposicionamento da marca”, lê-se no mesmo documento. Segundo um estudo feito pelo Instituto Europeu de Estudos Superiores, 33% da população de Guimarães pratica desporto, valor que ultrapassa a média nacional em 11 pontos percentuais. Além disso, de acordo com uma investigação da empresa, 35% das pessoas desconhece as iniciativas promovidas, valor que a Tempo Livre pretende alavancar.

Assumindo um “alinhamento com os objetivos da Câmara Municipal de Guimarães”, a régie-cooperativa quer manter o seu trabalho relativamente à responsabilidade social.  O plano estratégico para o próximo triénio indica que a Tempo Livre “deve agir como locomotiva da responsabilidade social, promovendo o bem-estar e saúde, fortalecer a atuação da Tempo Livre na área da saúde e também implementar o seu plano de sustentabilidade.”

Por último, a empresa municipal tem ainda como objetivo capacitar as suas competências e a sua estrutura organizacional, aumentando a sua eficácia, especializando os recursos humanos e desenvolvendo um modelo de avaliação de performance.

Numa entrevista dada ao Mais Guimarães aquando do 22.º aniversário do Multiusos, em novembro de 2023, Amadeu Portilha afirmou que a empresa alteraria a sua forma de trabalhar junto da comunidade. O presidente da estrutura referiu que a Tempo Livre estava a apostar na área da corporate, com o espaço a receber grandes eventos como jantares empresariais aliados à animação: “Hoje o mercado tem uma tendência em que somos obrigados a segui-la ou a encontrar caminhos alternativos”. Até ao ano anterior, o Multiusos de Guimarães contabilizou 3,5 milhões de visitantes e cerca de dois mil eventos.

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