A linha será assegurada por profissionais com formação em saúde mental e suicidologia, incluindo psicólogos clínicos, psicólogos da saúde e enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiatria.

Criada no início de 2024 através de uma lei aprovada no parlamento, a linha só agora se torna operacional, depois da publicação da regulamentação na última semana. O objetivo é dar uma resposta imediata a um problema que, em média, resulta em três mortes por dia em Portugal.

“Portugal tem em média, números que têm sido constantes, com uma ligeira descida, três suicídios por dia”, afirmou à agência Lusa Ana Matos Pires, membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, que esteve envolvida na criação da linha.

Segundo a responsável, foi elaborado um fluxograma de encaminhamento para garantir respostas adequadas consoante cada situação: “Caso seja necessário, o reencaminhamento de quem liga para o 1411 pode ser para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes ou para o INEM, nas situações de risco iminente, mas também para um serviço de urgência ou uma consulta de cuidados primários.”

Ana Matos Pires sublinhou que “a linha não é uma consulta, nem uma linha de acompanhamento clínico”, mas antes uma ferramenta imediata de apoio e triagem, inspirada na experiência francesa, cuja linha nacional de prevenção foi criada em 2022.

Embora integrada na linha SNS 24 e articulada com o serviço de aconselhamento psicológico, a nova linha funcionará de forma autónoma, com identidade e número próprios, sob coordenação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Toda a informação pessoal e clínica será tratada com rigoroso respeito pela confidencialidade e de acordo com a legislação de proteção de dados.