Parte da receita reverte para a CERCIGUI, instituição que apoia pessoas com deficiência. Com direção artística de Bruno Costa e música original de Pedro Lima, “Tumor” constrói-se a partir de uma metáfora oncológica: um “corpo outrora saudável” que começa a revelar “sinais discretos de metástase”. As “pequenas células alteradas”, silenciosas e persistentes, representam tensões que se infiltram sob a aparência da normalidade — um paralelo para refletir sobre o estado atual da sociedade e da política.

Ao longo de 75 minutos, a criação cruza sonoridades, performance e imagem, com interpretações de Cátia Ferreira, Diogo Dias, Joana Linhas, João Amorim e Paula Castro, acompanhados pela Banda Musical de Fajões no palco do Grande Auditório Francisca Abreu.

O espetáculo assume-se ainda como uma celebração viva do 25 de Abril, entendido não como uma data fechada, mas como um “sistema imunitário ativo”, atento a “novos autoritarismos – camuflados, adaptáveis, metastizados”. A nota de apresentação destaca um processo de trabalho que promove a participação coletiva, a liberdade de expressão e a valorização da diversidade cultural.

Apoiado pela Direção-Geral das Artes, pela Fundação INATEL e pelos municípios de Guimarães e Oliveira de Azeméis, “Tumor” afirma-se como um “grito artístico contra o silêncio, a indiferença e a exclusão social”. Os bilhetes têm um custo de 7,5 euros.