Um país de “brandos costumes” em acelerada transformação

Por Eliseu Sampaio.

© Eliseu Sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesDe quando em vez, acontecimentos estremecem os nossos ideais de paz a normalidade e despertam-nos para mundos paralelos. Realidades que, pelo correr dos dias, não vemos, ou não queremos ver.

A BSports Academy, aqui ao lado em Riba d’Ave, Famalicão, foi, na semana passada, alvo das buscas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), por suspeitas de tráfico humano.

Segundo o que foi veiculado pela comunicação social, na academia estavam jovens que, aquando da chegada, eram “obrigados a entregar os documentos de identificação aos seguranças, não poderiam sair do recinto sem estarem acompanhados e, à noite, seriam trancados nos quartos a cadeado”. Três jovens, guineenses, na Academia Bsports terão até “ameaçado suicidar-se”.

O alerta para esta situação terceiro-mundista terá partido dos pais dos jovens da Bsports. As mensalidades, anunciou também a comunicação social, oscilavam entre os 600 e os dois mil euros por mês, sendo que, nos contratos a academia comprometia-se a dar formação académica e desportiva aos jovens.

O SEF, na realização das buscas na semana passada, resgatou 114 jovens e menores oriundos de vários países de África, da América Latina e da Ásia.

Muitas vezes, e por baixo do nosso nariz, há realidades que nem imaginamos serem possíveis num “paraíso à beira mar plantado”, como vulgarmente tentamos vender a ideia deste nosso Portugal. Um país de “brandos costumes” em acelerada transformação.

Um país a precisar de um abanão e de acordar para a vida!

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