Vai e Vem: “Qualquer música que ouças, somos nós a falar para ti”

Artigo publicado na edição de março da revista Mais Guimarães.

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Foi no acolhedor Teatro Cinema de Fafe que Vítor e Diogo, a dupla que dá voz aos Vai e Vem, nos receberam. Ainda a meio de um último ensaio, estiveram à conversa com a Mais Guimarães. Com outras pessoas e outros projetos, começaram por ser a “banda do liceu”, como dizem muitas vezes. Agora com outro estilo e a cantar em português, os músicos de Felgueiras já têm singles a passar na rádio e na televisão, um “limbo entre o sonho e a realidade”.

© Cláudia Crespo / Mais Guimarães

Juntaram-se quando a banda de Vítor procurava um baterista. “Era o mais difícil de se encontrar”, confessaram. “Houve uma evolução muito grande, de baterista a vocalista, de inglês para português, de músicas cover para músicas que saem do nosso coração”, explicam enquanto ainda se ouvem uns acordes ao fundo.

Começaram por ser uma banda de cinco e acabaram por ficar só os dois. Foram os que acreditaram mais em que iam conseguir fazer disto vida. “Sempre quisemos mais isto, mais, ao ponto de nos dedicarmos a 100%”, contam. Viam a música como o trabalho que, para muitos, era um hobby.

“Vai e Vem I” é o nome do primeiro álbum oficial da banda e que a plateia teve o privilégio de ouvir. Outros dois existiram, mas já não estão disponíveis ao público. Trabalharam para terem este resultado, tal como pretendiam e garantem que sabem o álbum “de trás para frente”, que são histórias que permitem conhecer o seu íntimo. “Qualquer música que tu ouças, somos nós a falar para ti. Não somos nós a cantar para o público, somos nós a contar histórias”.

“O pessoal acha que nós é que mudamos as músicas, mas às vezes as músicas é que falam connosco”

Num concerto que contou com 12 músicas, apenas uma foi cantada em inglês, “If I ain’t got you”. Assumem a língua materna por ser “a língua mais bonita do mundo”, mas também por ser a língua em que “a alma fala”. “Na nossa vida, as histórias passam-se sempre em português, então é a língua perfeita para descrever todo o tipo e mais algum de sentimentos”, argumentam enquanto, por baixo de risos, explicam o porquê de, em inglês, tudo soar melhor e, por isso, ser mais fácil de escrever.

© Joana Meneses / Mais Guimarães

A inspiração surge das suas próprias histórias ou histórias em que estiveram presentes. E foi mesmo assim que apresentaram “Melhor Assim” e “Cristina”. A primeira, confessou Vítor, foi quando percebeu que a pessoa com quem estava no momento estava melhor sem ele. A segunda é sobre amigos: “a Cristina é uma amiga nossa que tinha uma história com um amigo. Estávamos na brincadeira, em Vila Real, e ela disse “vocês podiam fazer uma música para mim, gritavam pela Cristina””.

Alícia subiu ao palco do Teatro Cinema de Fafe para interpretar “Cara Bonita”, “Onde Vais” e “Saudade”. Apesar de cantar “Cara Bonita” com a banda, não era ela quem o ia fazer, era Ana Vilela. Porém, sentiram, “que a música não respirava tanto” como respirava quando fizeram a primeira gravação, ainda por telemóvel, com Alícia.

Para o futuro, há já um segundo álbum a ser cozinhado e Guimarães está nos planos dos Vai e Vem, uma cidade da qual gostam muito e por onde andam por muitas vezes. “É uma cidade incrível e culturalmente é evoluída e aberta”.

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